ResumoContexto: Pesquisas têm demonstrado que a entrada na universidade é um período crítico, de vulnerabilidade para o início e a manutenção do uso de álcool e outras drogas. No Brasil, grandes levantamentos domiciliares e entre estudantes do ensino médio foram realizados nos últimos 20 anos; porém, os levantamentos referentes ao consumo de drogas entre universitários são representados por dados dos últimos dez anos. Objetivos: Revisar a evolução desses estudos e relacioná-los aos principais resultados encontrados, referindo a necessidade de novos levantamentos para estimativa do perfil e prevalência dos universitários diante do consumo de drogas no contexto estudado. Métodos: Revisão bibliográfica das bases de dados MEDLINE, LILACS, PubMed e Scirus de 1997 a 2007. Resultados: Foram encontradas 12 publicações referentes ao consumo de drogas entre universitários brasileiros. Estão apresentados como estudos de prevalência de uso e estudos de comportamentos de risco, os quais não caracterizam fidedignamente essa população. Conclusões: Há necessidade de estudos que viabilizem a comparação dos resultados, possibilitem adequações de programas de prevenção nessa comunidade, auxiliem na melhoria da qualidade de vida e desenvolvam novas frentes preventivas. A repetição poderá informar como as variáveis se comportam ao longo do tempo e se possibilitam avaliar tendências vindo a constituir estudos seriados. , G.A.; Andrade, A.G. / Rev. Psiq. Clín 35, supl 1; 48-54, 2008 Palavras-chave: Álcool, drogas ilícitas, tabaco, estudantes universitários, Brasil. Wagner AbstractBackground: Research has demonstrated that entrance into college is a critical period in which the student is vulnerable to initiating and continued alcohol and other drug usage. There have been large household surveys and surveys among high school students in Brazil during the last 20 years however, research regarding drug consumption among college students is represented by data solely from the last ten years. Objectives: The goal of this study was to review the evolution of these studies and to relate them to the principal results found in reference to the need for new research by which to profile university students with respect to drug consumption. Methods: A literature review of the databases MEDLINE, LILACS, PubMed, and Scirus from 1997 to 2007. Results: Twelve publications regarding drug consumption among Brazilian college students were found. They are presented as studies of prevalence in usage, and of risk behavior but, do not characterize this population faithfully. Conclusions: There is a need for further studies which allow comparisons between surveys in order to make adjustments in prevention programs of this community possible; that promote the improvement of quality of life; and that develop new preventive efforts. Follow-up surveys can bring new light to bear on how the variables behave over time and make tendency evaluations possible, which in turn could constitute studies in series.
Alcohol and drug use among university students: gender differences Uso de álcool e drogas entre estudantes universitários: diferença entre os gêneros Concerning the consumption reported in the last 12 months, both genders displayed significant increases in the consumption of marijuana (22.3% to 27.1% for men and 12.9% to 16.9% for women), amphetamines (1.9% to 5.0% for men and 3.4% to 5.6% for women), and inhalants (9.8% to 15.7% for men and 5.4% to 10.6% for women). The greatest gender difference was observed in consumption reported in the last 30 days with significant increases in male use of tobacco (19.6% to 23.5%), marijuana (15.8% to 20.5%), amphetamines (1.1% to 3.2%), and inhalants (4.0% to 7.9%). Substance use reported in the last 30 days remained stable among women between the 2 surveys. Conclusion: Rates of substance use among university students increased. These gender differences in substance consumption should be taken into account in the development of preventive and treatment strategies for undergraduate university students. Entre os homens, observou-se aumento significativo no uso durante a vida de tabaco (de 44,8% para 50,9%), maconha (de 33,7% para 39,5%) e alucinógenos (de 6,6% para 14,1%) entre os anos de 1996 e 2001. Não foi observada diferença significativa entre as mulheres no uso de tranquilizantes ao longo da vida entre 1996 e 2001. Para o consumo relatado nos últimos 12 meses, para ambos os gêneros observou-se aumento significativo no uso de maconha (de 22,3% para 27,1% entre os homens e de 12,9% para 16,9% entre as mulheres), anfetaminas (de 1,9% para 5,0% entre os homens e de 3,4% para 5,6% entre as mulheres) e inalantes (de 9,8% para 15,7% entre os homens e de 5,4% para 10,6% entre as mulheres). A maior diferença entre os gêneros foi observada no consumo relatado nos últimos 30 dias, com aumento significativo no consumo de tabaco entre os homens (de 19,6% para 23,5%), maconha (de 15,8% para 20,5%), anfetaminas (de 1,1% para 3,2%) e inalantes (de 4,0% para 7,9%). O uso de substâncias relatado nos últimos 30 dias permaneceu estável para as mulheres entre os dois levantamentos. Conclusão: Observou-se aumento no uso de diversas substâncias entre os estudantes universitários. As diferenças observadas entre os gêneros quanto ao uso de substâncias devem ser levadas em conta quando do desenvolvimento de estratégias preventivas e de tratamento para essa população.
ResumoContexto: A prevalência do uso prescrito de metilfenidato (MPH) e correlatos ainda é pouco conhecida no Brasil. Objetivo: Estimar a prevalência do uso prescrito de MPH e correlatos em uma amostra populacional de universitários brasileiros. Métodos: Doze mil setecentos e onze universitários foram solicitados a responder a um questionário sobre o uso de drogas. Em relação ao uso na vida de MPH, os universitários foram divididos em dois grupos: usuários de MPH (MPHU) e não usuários de MPH (MPHNU). Um modelo de regressão quasibinomial foi usado para avaliar a correlação desse uso com as demais variáveis. Resultados: 0,9% dos universitários relataram ter feito uso de MPH na vida (MPHU). Ser da região Centro-Oeste (RP = 4,8; p < 0,01) e Sul (RP = 5,2; p < 0,05), morar em repúblicas (RP = 5,8; p < 0,001), já ter feito uso prescrito de anfetaminas (RP = 8,9; p < 0,001) e benzodiazepínicos (< 3 semanas: RP = 4,4; p < 0,001; ≥ 3 semanas: RP = 6,7; p < 0,001) e fazer uso recente e de risco de álcool (RP = 4,0; p < 0,05) foram variáveis associadas ao MPHU. Conclusão: A associação do uso de álcool e de outras drogas com o uso prescrito de MPH entre universitários sugere a importância da triagem do padrão do uso de álcool e de outras drogas entre estudantes com sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Cesar ELR, et al. / Rev Psiq Clín. 2012;39(6):183-8Palavras-chave: Metilfenidato, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, drogas recreacionais, dependência de drogas, universitários. AbstractBackground: The prevalence of prescribed use of methylphenidate (MPH) and its correlates are not well-known in Brazil. Objective: To estimate the prevalence of prescribed use of MPH and its correlates in a sample of Brazilian college students. Methods: Twelve-thousand seven hundred and eleven college students filled out a drug use questionnaire. They were divided into two groups based on the lifetime use of MPH: MPH users (MPHU) and MPH non-users (MPHNU). Quasi-binomial regression models were carried out in order to evaluate the correlation among MPHU and other variables. Results: A lifetime use of MPH was reported from 0.9% of college students (MPHU). Being from the Midwest (PR = 4.8, p < 0.01) and South (PR = 5.2, p < 0.05), living in students housing (PR = 5.8, p < 0.001), prescribed use of amphetamines (PR = 8.9, p < 0.001) and benzodiazepines (< 3 weeks: PR = 4.4, p < 0.001; ≥ 3 weeks: PR = 6.7, p < 0.001), and harmful use of alcohol (PR = 4.0, p < 0.05) were correlated with MPHU. Discussion: The association of alcohol and drug use with prescribed use of MPH among college students suggests the importance of screening drinking patterns and use of other drugs among students with ADHD symptoms.
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