O presente artigo analisa a pandemia da COVID-19 em seus aspectos políticos e sociais para refletir sobre os seus impactos ambientais. Para tal, apresenta uma contextualização ética elencando alguns elementos fundamentais da degradação ambiental e relacionando o especismo e outros sistemas de opressão com a construção de um imaginário pandêmico latente que infelizmente não foi suficiente para alterar a forma como a humanidade conduz sua fase na Terra. Além disso, são destacadas algumas questões relativas ao impacto do antropoceno na construção cultural e política da ideia de humanidade e na forma como as relações especistas e superficiais determinam a exploração animal e a alienação humana.
A pandemia de COVID-19 no Brasil auxiliou a destacar ainda mais o debate da crise sanitária em vigor no país e, especificamente no Rio de Janeiro, a diferença na condição social da população de favela e a estrutura discriminatória do município ficaram ainda mais evidentes. Com isso, o artigo teve o objetivo apresentar um panorama das desigualdades vividas pelos moradores de favela que foram agravadas durante esse momento. Para tal, identificou-se a população vulnerada no contexto de pandemia no município do Rio de Janeiro e foi pontuado a falta de direitos básicos direcionado a ela. Através do exposto no artigo, nota-se a falta de ações que favoreçam a mitigação da desigualdade e uma política de estado solidamente instaurada em bases racistas com intuito de extermínio de determinada população.
O biólogo se depara com conflitos éticos desde seu ingresso na graduação. Nesse contexto, a adequada formação crítica para uma atuação plena desse profissional é necessária. Para suprir essa formação, a Bioética é preconizada como disciplina obrigatória no curso de Ciências Biológicas por contemplar o estudo das dimensões morais e condutas relacionadas às ciências da vida, ao “outro” e ao ambiente. Uma temática que discuta as relações éticas interespecíficas é imprescindível ao biólogo, isto é, a abordagem que ocorre no âmbito da bioética, ou mais especificamente, da ética animal e da ética ambiental. Com isso, esta pesquisa teve o objetivo de analisar os projetos pedagógicos dos cursos de graduação em Ciências Biológicas das universidades públicas brasileiras visando a detectar a presença das disciplinas de Bioética, Ética Animal ou Ética Ambiental em sua matriz curricular. Destacou-se a verificação de presença da Ética Animal nas ementas das disciplinas de Bioética existentes, considerando a emergência e relevância do tema que aborda as interações humano-animal. Os resultados revelam que a maioria dos cursos não possui a disciplina de Bioética na matriz curricular, não há disciplinas específicas de ética animal e ética ambiental e quanto à análise das ementas das disciplinas de Bioética existentes, a maioria não contempla a Ética Animal. Deste modo, verifica-se a importância da revisão dos currículos, a inclusão da disciplina de Bioética e da temática ética animal, bem como de pesquisas que apontem o conteúdo da Bioética necessário para uma formação menos especista, propiciando debates mais qualificados sobre questões ambientais.
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