Os processos de colonização de Espanha e Portugal foram marcados pela imposição linguística feita sobre suas colônias nas Américas, ocasionando a perda de identidade por parte dos povos originários locais e a subordinação linguística que perdura nos tempos atuais. Este artigo objetiva debater as resistências e movimentos, como o Manifesto pela Soberania Idiomática de 2005 – que foi oposição contundente às imposições idiomáticas promovidas pela Real Academia Espanhola (RAE) – e os posicionamentos independentistas do idioma no Brasil, no início do século XIX e o mais recente Acordo Ortográfico de 1990, assinado pelos países falantes da língua portuguesa. Por meio de um estudo bibliográfico e considerando-se o aporte teórico de Walsh (2009) e Brandão (2009), o conceito de colonialidade idiomática em Lagares (2013) e Parera (2014) e da historicização do português no Brasil em Garcia (2007), Guimarães (2005) e Medeiros (2006), buscou-se enfatizar os aspectos culturais, identitários e políticos da implantação dessas línguas, as lutas travadas no intuito de garantir a soberania idiomática dos países marcados pela colonização e denunciar as perspectivas colonialistas e centralistas, ainda presentes e impostas na América Latina. Concluiu-se ser imprescindível a reafirmação das muitas identidades idiomáticas e a ruptura com as imposições linguísticas de matriz europeia, de modo a possibilitar o reconhecimento e a visibilidade étnico-cultural e identitária dos povos que constituem o espanhol latino-americano, o português brasileiro e suas diversidades.
O pensar e agir freireanos se tornam, mais uma vez, alvo de discursos que, longe da neutralidade, se posicionam no sentido de silenciar educadores e direcionar as práticas educativas para um distanciamento da democracia e da criticidade do ensino, sendo por isso necessário esclarecer o seu pensamento educacional, na perspectiva de um contradiscurso de resistência, evidenciando a sua importância na educação brasileira. A questão norteadora deste artigo é: quais as razões de Paulo Freire ser alvo de perseguições e críticas no atual contexto político? Objetiva-se analisar, na atual conjuntura brasileira, o pensamento de Paulo Freire enquanto contradiscurso de enfrentamento e resistência, contra os ataques à sua pessoa e proposta educacional, esclarecendo os seus pressupostos educacionais, refutando as críticas infundáveis e apontando a sua importância no cenário educacional brasileiro. Consiste em uma pesquisa bibliográfica que envolve as produções de Paulo Freire, mas também de resultados de pesquisas sobre a educação freireana. Destaca o caráter humanista e ético-político da educação de Paulo Freire, que não pode ser pensada como campo neutro, nem tampouco confundida com mera doutrinação partidária e apresenta a importância da educação freireana na educação brasileira.
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