Introdução. O traumatismo cranioencefálico (TCE) constitui problemática relevante na sociedade atual, com consequências que ultrapassam os limites médicos. O presente estudo tem por objetivo avaliar aspectos clínicos e epidemiológicos e fazer uma análise comparativa entre os mecanismos de trauma, lesões e o perfil de gravidade das vítimas de trauma. Método. Trata-se de um estudo de corte transversal sobre indivíduos vítimas de TCE internados no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Barbacena entre janeiro de 2008 a janeiro de 2011. Do instrumento de coleta constataram dados de identificação, causa do trauma, presença de embriaguez, diagnóstico tomográfico, Escala de Coma de Glasgow, complicações, lesões associadas, terapêutica e tempo de internação. Resultados. Foram analisados 298 prontuários, e destes, evidenciou-se maior ocorrência de TCE no sexo masculino (79,2%) e idade média de 39,7 anos. A principal causa externa dos traumas foi a queda da própria altura (37,2%). Constatou-se clinicamente a embriaguez em 17,7% dos pacientes. Entre os diagnósticos tomográficos foi observada maior frequência das hemorragias intracranianas (47,6%). Complicações evolutivas foram observadas em 30,8% dos casos. Conclusão. O perfil encontrado sugere a importância da atuação do sistema de saúde local e estadual, possibilitando a criação e implantação de estratégia de prevenção e aprimoramento no atendimento dos TCEs.
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