Introdução Meningite criptocóccica é uma das infecções meníngeas mais comuns em países com altas taxas de infecção pelo HIV. É uma infecção grave e fatal, provocada por duas espécies: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. que ultimamente tem se tornado mais frequente em pacientes aparentemente imunocompetentes ou com imunossupressão iatrogênica. Tipicamente os sintomas são cefaleia, alteração de nível de consciência e a presença de meningite linfocítica no líquor. Se não abordada oportunamente, a doença progride para hipertensão intracraniana e coma. O seguinte relato de caso aborda apresentação de meningite criptococóccica em paciente aparentemente imunocompetente. Relato de caso Paciente masculino, 59 anos, com antecedente de infecção pela COVID-19, sem necessidade de internação hospitalar. Três dias após o fim do isolamento respiratório, iniciou quadro de cefaleia, vômitos recorrentes e confusão mental. Procurou atendimento ambulatorial onde foram realizados ressonância magnética de encéfalo e tomografia computadorizada de crânio que não evidenciaram lesões agudas. Paciente encaminhado para hospital referência com desorientação temporal, reconhecendo figuras, mas não cenas do NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale). Na investigação pregressa relato de quadro de linfoma não-Hodgkin há 10 anos e herpes zoster há 4 meses. Anti- HIV negativo. Líquor evidenciou estruturas encapsuladas, pleocitose com 95% de linfócitos, hiperproteinorraquia, 43 mg/dL de glicose e pesquisa de antígeno criptocóccico positiva. Iniciado Anfotericina B deoxicolato, complicando com disfunção renal aguda. Completado terapia de indução com Anfotericina B complexo lipídico. Paciente seguiu em acompanhamento ambulatorial para terapia de consolidação e manutenção com fluconazol. Comentários A mortalidade da neurocriptococose é elevada, podendo chegar a 60% no primeiro ano, a despeito de tratamento. Em estudo norte americano que avaliou desfecho em pacientes sem infecção pelo HIV, evidenciou mortalidade de 27%, maior inclusive que em pacientes com infecção pelo HIV. A neurocriptococose acomete principalmente indivíduos imunodeprimidos e, por isso, o paciente deste presente relato foi encaminhado para propedêutica investigativa de possível imunodeficiência primária. A boa evolução do quadro e ausência de sequelas neurológicas evidencia que o rápido reconhecimento e abordagem oportuna impactam no desfecho dessa doença.
Objetivo: Avaliar o crescimento fetal mensurado pela altura uterina e sua associação com o peso fetal estimado ao ultrassom. Métodos: Estudo de corte transversal de pacientes atendidas pelo serviço de Obstetrícia, durante o período de 2008 a 2021. Foram usados dados de anamnese, do exame físico, da avaliação ultrassonográfica do crescimento fetal em todos os trimestres e da medida uterina de gestantes de baixo risco obstétrico. Resultados: Foram estudadas 883 gestantes, com a média de idade de 25,5 + 7,29 anos. As alturas uterinas foram divididas em percentis de acordo com intervalos das semanas gestacionais e foram assim identificadas em centímetros: 17,0 + 2,59 (16-20 semanas; 4o mês), 21,0 + 2,27 (20-24 semanas; 5o mês), 24,9 + 2,45 (24-28 semanas; 6o mês), 28,4 + 2,49 (28-32 semanas; 7o mês), 32,00 + 2,26 (32-36 semanas; 8o mês) e 34,00 + 12,00 (> 36 semanas; 9o mês). A altura uterina se associou ao peso fetal (p<0,05). Conclusão: Identificou-se que a curva de altura uterina x peso fetal x idade gestacional pode ser metodologia de uso em acompanhamento de gestantes de baixo risco, já que o peso fetal aumenta com a idade gestacional.
Patógenos Emergentes e Reemergentes Introdução: As micobacterioses atípicas são patologias ocasionadas por micobactérias não tuberculosas, microrganismos que apresentam patogenia variável a depender do germe causador, podendo ocasionar uma série de infecções, incluindo doenças pulmonares, principalmente crônicas, e extrapulmonares. Objetivo: Esse trabalho objetiva reunir informações científicas sobre as formas de classificação, epidemiologia, patogenia, principais manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e profilaxia das micobacterioses não tuberculínicas. Material e Métodos: Foram revisados documentos científicos publicados em plataformas de referência, após o ano de 1999, sobre a temática abordada. Resultados: A patologia afeta indivíduos imunocompetentes e imunocomprometidos, sendo os últimos mais comumente acometidos. A clínica é similar à Tuberculose, fazendo com que o diagnóstico possa ser tardio, consequentemente ocasionando em um atraso no início do tratamento e por conseguinte, aumento da morbimortalidade. Pela sua complexidade, é de suma importância a associação da clínica do paciente com exames laboratoriais e de imagem para o seguimento do caso e escolha terapêutica adequada. Conclusão: A realização de estudos atualizados sobre as micobactérias não tuberculosas é de extrema importância, visto o aumento do número de casos e sua similaridade quando comparadas ao Mycobacterium tuberculosis.
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