Introdução: O câncer de colo uterino é um importante problema de saúde pública, é o terceiro câncer mais frequente em mulheres e a quarta causa de mortalidade no Brasil. Dentre todos os tipos de câncer, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, se diagnosticado e tratado precocemente. O exame de rastreio deste câncer é considerado umas das estratégicas públicas mais efetivas, seguras e de baixo custo para detecção precoce. O crescimento nos gastos para controle da doença acentua sua importância como problema de saúde pública, o tratamento do câncer do colo do útero representa um grande impacto na economia brasileira. Objetivos: Avaliar as características clínico-epidemiológicas e os custos das internações hospitalares e procedimentos realizados no SUS por câncer de colo uterino no período de 2012 a 2017. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com informações coletadas a partir do banco de dados TabNet-DataSUS, utilizando o CID-10 "C53.0-Neoplasia maligna do colo uterino". Foram incluídas todas as faixas etárias que necessitaram de internação hospitalar, registrados no período de 2012 a 2017, em todos os Regiões brasileiras. Analisou-se os custos, caráter de internação e mortalidade. NO período do estudo a cobertura da vacina predominou no sexo feminino (86%), semelhante a estudos realizados nos EUA. A colpocitologia teve uma média de cobertura em torno de 28,55%. Em relação aos custos gastos com rastreamento e diagnóstico de câncer de colo uterino, obtivemos resultados inferiores em relação a outros países. A taxa média de internações hospitalares por ano foi de 3,54 internações/10.000 mulheres expostas. A idade média com maior número de internação foi 40 a 59 anos, com aproximadamente 6 dias de internação. Do ponto de vista econômico, o valor médio gasto por cada internação foi de R$ 1683,33. Os gastos com serviços hospitalares foram quatro vezes maiores do que o gasto com serviços de profissionais da área da saúde. Das pacientes internadas, 13.358 pacientes evoluíram para o óbito em 5 anos. Conclusão: Conclui-se, portanto, que ocorreu aumento significativo no número das internações hospitalares por câncer de colo uterino, e que a taxa de cobertura do exame colpocitológico está muito baixa, necessitando-se campanhas de estímulos à realização do mesmo.
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