A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) ≥140 x 90mmHg, com altas taxas de morbimortalidade. Dessa forma, na intenção de promover uma correta adesão das medidas farmacológicas e de mudanças no estilo de vida, o presente estudo tem como objetivo identificar, na literatura, os principais fatores que interferem no processo de adesão ao tratamento da HAS. Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados SciELO e Medline foram selecionados 16 artigos, publicados entre 2010 e 2020, utilizando os descritores "Hipertensão Arterial Sistêmica" AND adesão AND tratamento. Os principais fatores, encontrados na literatura, relacionados a não adesão ao tratamento anti-hipertensivo foram: sexo masculino, escolaridade baixa, baixa frequência nas consultas da UBS e vinculo frágil com a estratégia de saúde. Infere-se, portanto, a necessidade de conhecer os principais obstáculos para a adesão integral do tratamento visando propor medidas que diminuam a não adesão ao tratamento.
As doenças crônicas (DC) compõem um grupo de condições crônicas que em geral são associadas a múltiplas causas, tem seu início gradual e o prognóstico usualmente incerto com longa ou indefinida duração, o que leva o paciente a fazer o uso crônico e muitas vezes irregular da medicação. O presente estudo tem como objetivo conhecer o perfil farmacoterapêutico dos pacientes com DC e os principais fatores que influenciam na má adesão ao tratamento farmacológico. A coleta de dados foi feita a partir de estudos publicados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Pubmed e Google Acadêmico utilizando descritores que mais se assemelhavam aos nossos objetivos. As principais medicações utilizadas no sistema cardiovascular foram as Inibidoras da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores do receptor da angiotensina I (BRA), diuréticos tiazídicos e bloqueadores do canal de cálcio (BCC). Das medicações utilizadas no controle glicêmico, as mais utilizadas foram as biguanidas seguidas das sulfoniureias, as prescrições seguiram as principais orientações da Sociedade brasileira de cardiologia (SBC) e Sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia (SBEM), entretanto, o uso de medicações sem prescrição medica ainda é uma realidade que contribui para o aparecimento de complicações e efeitos indesejados das medicações. Por fim evidenciou-se que o entendimento do perfil farmacoterapêutico bem como os fatores que influenciam a adesão precisam ser destacados e trabalhados da melhor forma a fim de contribuir para o sucesso terapêutico e minimizar as potenciais complicações de condições crônicas mal controladas.
INTRODUÇÃO: A Cardiomiopatia ou Síndrome de Takotsubo, descrita pela primeira vez por Sato et al. em 1990, caracteriza-se por um quadro agudo de dor torácica precedido por um estresse físico ou emocional, com alterações novas e reversíveis do Eletrocardiograma (ECG). Consiste um importante diagnóstico diferencial do infarto agudo do miocárdio por doença arterial coronariana não obstrutiva (MINOCA) e deve ser considerada no momento do atendimento. METODOLOGIA: Caso coletado no ambulatório de cardiologia da Universidade CEUMA-Imperatriz, colhido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). DESCRIÇÃO DO CASO: M.F.G., 90 anos, sexo feminino, sem antecedentes patológicos. Em agosto de 2021, após receber a notícia sobre o acidente de um neto, paciente apresentou dor torácica de forte intensidade, acompanhada de episódios de tremores e agitação psicomotora por 30 minutos, sendo levada ao Pronto-Socorro. Segundo informante, foi proposta hipótese de infarto do miocárdio devido a precordialgia, alteração no eletrocardiograma e aumento de troponina I (1.567ng/L). Encaminhada para cineangiografia que demonstrou lesão de 50% em coronária descendente anterior, ventrículo esquerdo (VE) com hipocinesia anterolateral e inferobasal, além de hipertrofia leve de VE. Retornou para reavaliação ambulatorial, assintomática, apresentando ecotranstorácico com fração de ejeção 66%, sem alterações na mobilidade segmentar, com Speckle Tracking 26,2%, assim como insuficiência mitral e tricúspide de graus discretos. Exames laboratoriais com ProBNP e troponina cardíaca I normais. CONCLUSÃO: A síndrome de Takotsubo é um dos diagnósticos diferenciais do MINOCA, que se caracteriza pela presença de sintomas e/ou sinais de isquemia miocárdica em indivíduos sem doença arterial coronariana não obstrutiva (lesão aterosclerótica ≤50%). A paciente em questão apresentou quadros clínico e laboratorial, desencadeados por estresse emocional, sugestivo dessa patologia devido às alterações prévias que se normalizaram posteriormente, pela ausência de lesão coronariana significativa e ecocardiograma sem a disfunção de motilidade segmentar observada pela angiografia. Portanto, a Síndrome de Takotsubo deve ser sempre considerada como um diagnóstico diferencial de isquemia miocárdica, principalmente quando precedida de um estresse físico ou emocional intenso e em mulheres mais idosas.
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