Avaliar o impacto do estado de saúde bucal na qualidade de vida e na satisfação pessoal de adolescentes das áreas urbana e rural de Nova Friburgo, Brasil. Métodos: Adolescentes entre 11 e 14 anos, matriculados nas escolas participantes do Programa Saúde na Escola (PSE) da zona rural e urbana desta cidade (n = 509), receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a participação neste estudo, juntamente ao questionário econômico a ser entregue para o responsável. O estado de saúde bucal do adolescente foi avaliado clinicamente, por meio dos índices Cariados, Perdidos e Obturados (CPOD); critérios de envolvimento pulpar, ulceração, fístula e abscesso (PUFA); e Índice de Necessidades de Tratamento Odontológico (INTO). A qualidade de vida foi mensurada por meio do Child Perception Questionnaire (CPQ11-14), enquanto a avaliação da satisfação pessoal, por meio da Subjective Happiness Scale (SHS), ambos na forma de entrevista. Foram realizados testes estatísticos (Qui-Quadrado; Exato de Fisher; Mann-Whitney) com nível de significância de 5%. Resultados: A amostra final foi de 161 adolescentes. O impacto do estado de saúde bucal na qualidade de vida dos adolescentes de ambas as áreas não foi significativamente diferente, embora o agravamento da condição bucal tenha apresentado tendência a piorar a qualidade de vida. Da mesma forma, não houve relação da condição oral com a satisfação pessoal, sem diferenças entre os grupos. Observou-se que os adolescentes rurais apresentaram melhor qualidade de vida (p<0,010), enquanto os urbanos apresentaram maior grau de satisfação pessoal (p <0,001). Conclusão: O estado de saúde bucal teve impacto negativo na qualidade de vida, mas não teve relação com a satisfação pessoal, independente da área demográfica.
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