RESUMO Objetivo Comparar a percepção dos técnicos de enfermagem com a autopercepção do enfermeiro sobre o exercício da sua Liderança coaching e verificar a influência desse modelo de liderança no clima de segurança e na satisfação da equipe. Método Estudo correlacional, realizado com 85 enfermeiros e 85 técnicos de enfermagem, utilizando o Questionário de Autopercepção do Enfermeiro no Exercício da Liderança, o Questionário de Percepção do Técnico e Auxiliar de Enfermagem no Exercício da Liderança e as subescalas Clima de segurança e Satisfação no trabalho. As relações entre as respostas dos profissionais foram avaliadas pelo teste de Mann Whitney e coeficiente de Spearman. Resultados Os enfermeiros alcançaram maiores médias nas quatro dimensões da Liderança coaching, sendo que, em três, as diferenças foram significantes (p < 0,05). As dimensões da Liderança coaching obtiveram correlações positivas e significantes com as subescalas Clima de segurança e Satisfação, sendo a maioria de moderada magnitude. Conclusão A autopercepção dos enfermeiros, com relação ao exercício da liderança, foi mais positiva do que a avaliação dos técnicos. Quanto mais o enfermeiro exercer as dimensões da Liderança coaching, melhores serão o clima de segurança e a satisfação da equipe.

Objetivo: elaborar e validar um instrumento de auditoria para inserção e manutenção de cateteres vasculares. Método: estudo metodológico que envolveu construção do instrumento; validação do conteúdo; pré-teste e avaliação da confiabilidade. O comitê para avaliação do conteúdo foi composto por cinco especialistas. Para o pré-teste, foram considerados 30 pacientes e para avaliação da confiabilidade, 50 pacientes, selecionados de maneira intencional. A validade de conteúdo foi avaliada por meio do Índice de Validade de Conteúdo e a confiabilidade interobservador foi analisada por meio do Coeficiente Kappa. Resultados: a versão inicial do instrumento, com 16 itens em quatro seções, sofreu modificações após avaliação dos especialistas. Após a segunda rodada de avaliação, o Índice de Validade de Conteúdo foi de 1,0 para todos os itens. O Coeficiente Kappa variou de 0,41 a 1,00. A versão final do instrumento ficou com 14 itens distribuídos em quatro seções (cobertura, manutenção, equipos/dispositivos e manipulação do cateter). Conclusão: o instrumento “Auditoria de Cateteres Vasculares” é válido, confiável e pode ser utilizado para identificar fragilidades, planejar atividades de capacitação das equipes, revisar processos de trabalho e, assim melhorar a qualidade da assistência à saúde e a segurança do paciente.

processo de enfermagem definido como raciocínio clínico do enfermeiro, visa a assistência ao paciente, família e comunidade, constituído por coleta de dados, diagnóstico de enfermagem (DE), planejamento, implementação e avaliação da intervenção e/ou cuidado prestado(1). Contudo, o processo de diagnosticar, contido na etapa de DE, exige conhecimentos e conceitos prévios que são aprendidos na formação em enfermagem e na vivência profissional, além do conhecimento sobre a patologia e condição clínica apresentada(1,2). Objetivou-se capacitar os enfermeiros da enfermaria de cardiologia sobre do Processo de Enfermagem e o de diagnosticar. A capacitação visou, além do diagnóstico situacional, o incremento da assistência de enfermagem legada ao paciente e família na referida enfermaria. Metodologia:Projeto de extensão no qual foram realizadas oficinas de capacitação dos enfermeiros dos turnos, em grupos, sobre o Processo de Enfermagem e o de diagnosticar, em datas e local pré-determinado, iniciado em 2018. Foram programadas oficinas com os quatro turnos de trabalho, totalizando quatro oficinas, com duração de duas horas cada. O conteúdo abordado foi processo de enfermagem (conceito, etapas, utilização) e o processo diagnóstico de enfermagem. Resultados:Os nove enfermeiros participaram ativamente das oficinas e avaliaram como produtiva. Salienta-se que a falta de conhecimento teórico, deficiência de conteúdos acerca do DE no currículo, dificuldade de coletar dados e relacionar conteúdos prévios com sinais e sintomas apresentados pelo paciente, juntamente com o julgamento dos profissionais foram mencionadas como limitações para o processo diagnóstico (1,2). As dificuldades para a execução do DE são permeadas pela falta de recursos humanos e materiais. Os enfermeiros entendem que, para a acurácia diagnóstica, uma das estratégias seria o apoio da instituição com a identificação das teorias de enfermagem e o fornecimento do livro da NANDA Internacional (1). A avaliação está em processo, realizada semanalmente pela presença na evolução de enfermagem de referências do processo diagnóstico de enfermagem como identificação da execução do exame físico, DE, resultados dos cuidados prescritos, além de classificar o DE, de acordo com o HC, como I -inalterado, M -melhora, P -piora e Rresolvido. A capacitação realizada pode ser aplicada em todas as unidades do Hospital de Clínicas, uma vez que o processo de diagnosticar em enfermagem pertence à práxis do enfermeiro. Considerações finais:A educação continuada fornece susbsídios para a prática de enfermagem, particularmente, nesse contexto, o Processo de Enfermagem e de Diagnosticar em Enfermagem. A busca do conhecimento deve partir do enfermeiro, embora facilitado pela instituição em que atua. O processo de diagnosticar em enfermagem incrementa a realização do cuidado e possibilita a relação individualizada, integral com o paciente, além de um diagnóstico de enfermagem efetivo, que realmente reflita as necessidades do paciente.