A obesidade é uma patologia que caracteriza como um uma doença crônica não transmissível que resulta do balanço energético positivo promovendo o acúmulo de tecido adiposo, e contribui para o desenvolvimento de inúmeras patologias. Alguns indivíduos com obesidade podem ter o tratamento pautado na realização de cirurgias metabólicas, quando a atividade física e a dietoterapia e/ou intervenção farmacológica não forem satisfatórias. Este artigo de revisão narrativa tem como objetivo descrever sobre o manejo da obesidade e seus tratamentos com foco na cirurgia metabólica. Para sua elaboração foram utilizados artigos, livros e seus capítulos, e outros materiais. Os procedimentos cirúrgicos metabólicos e as intervenções por técnicas alternativas para a perda de peso são divididas em técnicas de procedimento reversíveis e irreversíveis, realizados no estômago e/ou estômago e intestino delgado, que promovem efeitos colaterais e possíveis complicações pós-cirúrgicas, sendo que nos casos de disabsorção de nutrientes torna-se necessário a suplementação de algumas vitaminas e minerais. Conclui-se que as cirurgias metabólicas são alternativas eficazes para a perda de peso e no tratamento de outras comorbidades, entretanto podem gerar implicações pós-cirúrgicas e efeitos colaterais irreversíveis, sendo necessária a adoção de novos hábitos alimentares.
Mediante o fato que o consumo de álcool tem aumentado, e que tal molécula pode promover diversas alterações, o objetivo desta revisão narrativa foi descrever o metabolismo do etanol e sua relação com a microbiota intestinal, assim como as doenças associadas a ambos. Foram utilizados artigos na elaboração da revisão narrativa. A dependência do álcool representa um importante problema de saúde pública que atinge milhões de pessoas no mundo todo. O consumo crônico de álcool está relacionado com o aumento da permeabilidade intestinal, favorecendo modificações significantes na composição da microbiota intestinal e permitindo que componentes bacterianos sejam translocados, e alcancem a circulação portal e sistêmica. Os produtos bacterianos que percorrem a circulação são reconhecidos por células do sistema imunológico, as quais liberam citocinas pró-inflamatórias e aumentam a formação de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio bem como o estresse celular. O consumo de álcool também está relacionado com o desequilíbrio qualiquantitativo de microrganismos no intestino grosso, caracterizando a disbiose intestinal, onde há uma menor abundância de Bacteroidetes e maior de Proteobacteria em indivíduos alcoolistas quando comparados aos saudáveis. Conclui-se que a ingestão crônica de álcool modifica a microbiota intestinal e contribui para a disbiose intestinal.
A obesidade é caracterizada pelo excedente de tecido adiposo na composição corporal do indivíduo, proveniente de uma ingesta calórica superior ao gasto energético aliado a multifatores com destaque para a genética, o ambiente e o comportamento sedentário. Os hábitos alimentares de uma dieta ocidental (alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e baixa ingestão de fibras e polifenóis) exerce influência na menor diversidade do filo bacterioidetes, caracterizando o quadro de disbiose intestinal. Este artigo de revisão narrativa teve como objetivo descrever a relação da obesidade com a disbiose relatando alguns aspectos metabólicos da obesidade, e enfatizando as alterações na microbiota intestinal. A disbiose intestinal aliada aos maus hábitos alimentares propicia o enfraquecimento da junção das células de adesão firme no intestino, provocando uma maior permeabilidade intestinal resultante em uma inflamação sistêmica de baixo grau devido ao recrutamento de células imunológicas e o aumento de proteínas inflamatórias [fator de necrose tumoral (TNF-α), interleucina 6 (IL-6)] e espécies reativas de oxigênio (ROS), devido à translocação de bactérias gram-negativas e seus metabólitos tóxicos conhecidos como lipopolissacarídeos (LPS) para a corrente sérica. Em obesos é comum uma menor diversidade microbiana entre os filos caracterizando a disbiose intestinal. Em virtude disso, alguns tratamentos como o emprego de prebióticos e probióticos aliado a uma alimentação balanceada rica em grãos integrais, pobre em açúcares refinados e ácidos graxos saturados pode propiciar o aumento da diversidade do microbioma reduzindo esses marcadores infamatórios, e melhorando parâmetros bioquímicos importantes como a glicemia e os triglicerídeos séricos.
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