Objetivou-se com esse estudo avaliar a germinação e desenvolvimento de mudas de pimentão em função da aplicação de cinza vegetal no semiárido piauiense. O experimento foi realizado em ambiente protegido, localizado na Universidade Estadual do Piauí, no município de Picos, no período de Abril a Junho de 2019. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com oito tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos avaliados foram compostos da combinação de cinza vegetal e solo na base de volume, além do uso do substrato comercial, Tropstrato HT®. O solo utilizado foi proveniente de uma área de vegetação nativa da Universidade Estadual do Piauí. A cinza vegetal foi coletada em fornos de cerâmica do município de Picos–PI. A cultivar utilizada foi o pimentão da marca comercial casca dura Ikeda. A semeadura foi realizada em vasos, de 2000 ml, na densidade de 5 sementes.vaso-1, na profundidade de 0,5cm. Aos 15 dias após semeadura, foi realizado o desbaste deixando apenas uma planta vaso-1. As avaliações de Porcentagem de germinação e índice de velocidade de germinação foram realizadas entre sete e 10 dias após a semeadura. Aos 45 dias após semeadura foram avaliadas a altura de planta, comprimento de raiz, número de folhas, diâmetro do colo, volume de raiz, massa fresca da parte aérea, massa fresca de raiz, massa seca da parte aérea, massa seca da raiz e massa seca total. Posteriormente foram determinadas a relação entre a altura de planta e massa seca da parte aérea e o índice de qualidade de Dickson. Os melhores resultados foram obtidos na concentração de 5% de cinza vegetal. A concentração de cinza a partir de 20% proporcionou redução significativa da germinação e desenvolvimento das mudas de pimentão. A cinza vegetal apresentou potencial econômico e ambiental, para ser utilizada pelos agricultores familiares da região.