ABSTRACT:The principles of Inclusive Education point to the need to address the barriers present in different educational contexts in order to guarantee access to all students within education systems, as well as guarantee their continuous attendance. In this context, this paper aims to characterise the scientific production regarding the Universal Design for Learning (UDL) and to systematise some of the contributions aimed at the elimination of methodological barriers within learning contexts. For that, an integrative review of the literature regarding the UDL was conducted. The information obtained was analysed in the light of the Disability Studies in Education (DSE) and the social model of disability. The categories that emerged in the data collection, which structure the discussion, were: a) historical and legal contributions; b) conceptual and critical contributions about disability; c) contributions of practical applicability. The results show the concentration of studies on the UDL in North America and the inexpressiveness of research in Brazil. In addition, they demark the differentiation between the principles and guidelines of the UDL and the other perspectives of the Universal Design (UD); they point out strategies aimed at eliminating barriers in access to knowledge and briefly map the field of investigation regarding the UDL and the gaps that require further investment. Finally, the study shows that UDL, as it contemplates the diversity of ways of learning, has the potential to promote inclusive educational processes. KEYWORDS:Universal Design for Learning. Accessibility. Disability Social Model. Distance Education. Special Education.RESUMO: os princípios da Educação Inclusiva apontam para a necessidade de enfrentamento das barreiras presentes nos diferentes contextos de ensino com o intuito de garantir o acesso e a permanência de todos os estudantes nos sistemas de ensino. Assim sendo, este artigo tem como objetivo caracterizar a produção científica sobre o Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) e sistematizar algumas contribuições voltadas à eliminação de barreiras metodológicas nos contextos de aprendizagem. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura sobre o DUA. As informações obtidas foram analisadas a luz dos Disability Studies in Education (DSE) e do modelo social de deficiência. As categorias que emergiram na coleta de dados e estruturaram a discussão foram: a) contribuições históricas e legais; b) contribuições conceituais e críticas acerca da deficiência; c) contribuições de aplicabilidade prática. Os resultados evidenciam a concentração dos estudos sobre o DUA na América do Norte e a inexpressividade de pesquisas no Brasil. Além disso, demarcam a diferenciação entre os princípios e as diretrizes do DUA e as demais perspectivas do Desenho Universal (DU) e apontam estratégias voltadas à eliminação de barreiras no acesso ao conhecimento e mapeiam brevemente o campo de investigação sobre o DUA e as lacunas que precisam de maior investimento. Por fim, o estudo mostra q...
Proporcionar práticas de ensino que contemplem a variação humana ainda é um grande desafio aos sistemas de ensino. Remover barreiras de acesso ao conhecimento sem eliminar os desafios necessários à aprendizagem torna-se imprescindível para a garantia da participação social de pessoas com deficiência nesse sistema. O objetivo que se tem com este artigo é o de apresentar o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) como uma atitude de cuidado que pode contribuir para a efetivação de processos educativos inclusivos em todos os níveis de ensino. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura sobre o DUA dialogando-se com o campo dos Disabilities Studies in Education e com as teóricas da segunda geração do modelo social da deficiência, vislumbrando algumas intersecções entre esses campos teóricos. O estudo apontou que a organização do ensino na perspectiva do DUA, por remover as barreiras que se interpõem entre o sujeito e o conhecimento, pode ser caracterizada como uma estratégia de cuidado voltada à garantia do direito à educação a estudantes com e sem condições de deficiência. Dessa forma, pode-se caracterizar o DUA como uma estratégia política pautada no rompimento com currículos capacitistas, os quais homogeneízam e excluem as diferenças.
O isolamento social ocasionado pela Covid-19 acarretou implicações na vida de todos, inclusive na das pessoas com deficiência. Esta pesquisa objetivou compreender, a partir de um diálogo com dez pessoas que vivem a deficiência, quais as transformações ou implicações do isolamento social nos seus cotidianos. Caracterizou-se como uma investigação emancipatória de natureza qualitativa. O resultado das conversas síncronas e assíncronas, realizadas por meio de aplicativo de mensagens, foi categorizado e as análises ocorreram à luz do Modelo Social da Deficiência, a partir da crítica feminista. O estudo revelou características e peculiaridades pertinentes à vivência da deficiência, alertando para a necessidade de atenção e cuidado nas políticas públicas e práticas profissionais para assegurar uma vida com dignidade e inclusão, sobretudo em tempos de pandemia.
A violência, a violação de direitos e a segregação de pessoas com deficiência são historicamente marcadas por avanços e retrocessos. Nas décadas de 1960 e 1970, o modelo médico da deficiência se fortaleceu, em contrapartida, surgiram movimentos sociais de resistência, a exemplo da Union of the Physically Impaired Against Segregation (UPIAS) no Reino Unido e de movimentos feministas nos Estados Unidos. Movimentos que provocaram diferentes concepções de deficiência e que reverberam até hoje nos espaços sociais. A escola enquanto espaço social e palco da diversidade de corpos humanos, das diferenças e lutas sociais, tem em seu contexto reflexos dessas concepções. Sendo assim, com este estudo, objetiva-se investigar as concepções da deficiência que perpassam o contexto escolar, e as intersecções que essas concepções trazem para o desempenho escolar de estudantes com deficiência. Trata-se de uma revisão bibliográfica, com análise de conteúdo de artigos científicos publicados no Brasil que abordam a educação básica e inclusiva. Os artigos foram localizados no Portal de Periódicos CAPES, na área de educação básica, no contexto da educação inclusiva com foco nas concepções de deficiência. Ao todo, foram encontrados 45 artigos e, a partir de critérios de exclusão, apenas nove foram eleitos para a revisão. Os resultados e discussões apontam que, embora haja avanços no âmbito legal da inclusão escolar, presume-se que, apesar da legislação, as concepções de deficiência vigentes nos espaços escolares ainda estão pautadas nos modelos caritativo e biomédico. Evidenciam-se a presença do conceito de norma e a resistência de práticas assistencialistas, segregadoras e paternalistas que oprimem a diversidade humana e favorecem a minoria.
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