O tomate (Lycopersicon esculentum) é um produto climatérico apresentando assim curto tempo de vida útil pós-colheita. O uso exógeno de cloreto de cálcio (CaCl2) e da radiação ultravioleta (UV), tem se mostrado eficiente na manutenção da firmeza e da qualidade de diversos frutos. Diante disso, este estudo objetivou avaliar os efeitos da aplicação exógena de cloreto de cálcio e radiação ultravioleta na conservação pós-colheita de frutos de tomate. Para isso, os frutos foram: submersos em cloreto de cálcio a 1% e expostos a radiação ultravioleta; imersos somente em cloreto de cálcio a 1%; e frutos expostos apenas à radiação ultravioleta. Frutos não submersos no CaCl2 e não expostos a radiação UV foram utilizados como controle. Após aplicação dos tratamentos os frutos foram armazenados em condições ambientes e avaliados nos tempos 0, 3, 6, 9, 12 e 15 dias após a colheita. Avaliou-se, perda de massa fresca, firmeza do fruto, cor da casca, teor de sólidos solúveis, pH, acidez titulável total, razão entre os sólidos solúveis totais (SST) e acidez titulável (ATT). Verificou-se o aumento da perda de massa fresca, ao longo do tempo em todos os tratamentos. Frutos não imersos ou aqueles imersos em cloreto de CaCl2+UV apresentaram maior manutenção da firmeza. Pode-se concluir que, os frutos submetidos à radiação ultravioleta apresentaram menor perda de massa fresca ao final das análises, e o uso do cloreto de cálcio juntamente com a radiação UV mantiveram a firmeza dos frutos ao longo do armazenamento.

O presente trabalho teve como objetivo avaliar as alterações físico-químicas e bioquímicas de rúcula (Eruca sativa Mill) minimamente processada. O processamento mínimo constituiu-se das etapas de seleção, padronização, lavagem, fatiamento, sanitização, enxágue e centrifugação. Após o processamento as folhas de rúcula minimamente processadas foram acondicionadas em embalagens plásticas de Nylon Poli (NP) e Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e armazenadas a 5±1°C por um período de 12 (doze) dias. Durante o armazenamento, a cada três dias foram avaliados os teores de compostos fenólicos, índice de escurecimento (IE), teores de clorofila e carotenoides, teor de sólidos solúveis, acidez total titulável, pH, vitamina C e atividade da enzima polifenol oxidase. Verificou-se diminuição significativa nos teores de Vitamina C, acidez e ºBrix, e aumento no pH em todos os tratamentos, a partir do 9º dia de armazenamento. As folhas de rúculas acondicionadas em NP e PEAD também apresentaram aumento nos teores de compostos fenólicos e na atividade da enzima PPO a partir do 9° dia de armazenamento, o que contribuiu para o aumento no índice de escurecimento. Dessa forma sugere-se que para o processamento mínimo de rúcula pode-se utilizar embalagens de PEAD e NP por um período de armazenamento de até nove dias.