Esta dissertação tem como objetivo analisar vídeos de grandes canais da nova direita brasileira no YouTube que abarcam o tema da ditadura militar brasileira, bem como seus respectivos comentários. Trabalharemos com o recorte temporal de junho de 2013 até o ano de 2018, pelo fato de as manifestações de junho terem criado um terreno propício para a difusão de ideias “liberais na economia e conservadoras nos costumes” da nova direita, o que coincide, justamente, com o seu aparecimento mais ativo na esfera pública e digital. A partir disso, buscaremos entender como esses sujeitos interpretam, discutem e compartilham o passado, assim como identificar as inconsistências dos conteúdos defendidos, para, então, problematizar suas visões revisionistas e negacionistas sobre a ditadura, em contraposição ao que há de consolidado na historiografia brasileira sobre o tema. Tal estudo nos possibilita uma reflexão acerca do papel do historiador frente às novas mídias, tendo em vista o seu grande poder de alcance de público, e aos desafios proporcionados pelas disputas ocorridas esfera pública em torno das memórias da ditadura militar brasileira.

Partindo das problematizações acerca do dualismo entre natureza e cultura, nosso objetivo é realizar um diálogo entre as mesmas nos âmbitos antropológicos e históricos. As reflexões mais recentes estão mudando o curso das disciplinas, num momento em que a crise climática e o antropoceno colocam novos desafios para as humanidades como um todo e para as visões insulares das ciências humanas e ciências naturais. Dessa forma, mapeamos e relacionamos as formas pelas quais podemos encontrar alternativas de abordagens menos dualistas para um campo de estudo que se pretende mais dialógico. Tais abordagens se constituem, principalmente, numa reformulção teórica e metodológica, assim como numa reorientação do que é ser humano e de como conhecer o mundo.