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Objetivo: avaliar a adesão às orientações nutricionais de um protocolo de intervenção nutricional individualizado a crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Métodos: estudo longitudinal realizado em um ambulatório de nutrição infantil com pacientes do espectro autista, de 3 a 18 anos incompletos, de ambos os sexos. Foi realizado um questionário para obter dados sociodemográficos da família e do paciente, aferidos o peso e altura e realizadas orientações nutricionais baseadas em recordatório de 24h. Em consulta subsequente foi aplicado um checklist para avaliar a adesão as orientações referentes a redução do consumo de alimentos marcadores de má qualidade nutricional (bebidas açucaradas; frituras, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo, açúcares e guloseimas, carnes processadas e biscoitos doce). A comparação entre as frequências das orientações realizadas e as alcançadas foi analisada por meio do teste de Fisher. Adotou-se um erro alfa aceitável de 5%. Resultados: as orientações mais frequentes foram para redução de bebidas adoçadas, frituras e carnes processadas, representando 63%, 28% e 22% respectivamente. A frequência de adesão às orientações variou de 50% a 80%, correspondendo a 63%, 80% e 88% para bebidas adoçadas frituras e carnes processadas. Conclusão: a taxa de adesão às orientações propostas no protocolo foi satisfatória, mostrando que uma orientação nutricional direcionada ao ajuste do consumo de alimentos de baixa qualidade nutricional poderá ser efetiva e contribuir na prevenção de agravos à saúde em indivíduos do espectro autista.

Objetivo: reunir informações sobre o efeito da dieta com baixo teor de carboidratos fermentáveis sobre sintomas gastrointestinais, assim como sua aplicação nos transtornos do espectro autista.Método: revisão sistemática de literatura, utilizando-se descritores em inglês e português, das bases de dados Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, Biblioteca Virtual da Saúde e Portal de Periódicos Capes.Resultados: encontrou-se 33 artigos, dos quais dois eram coorte, 10 transversais, nove caso-controle e 12 ensaios clínicos. Os objetivos foram investigar a melhora dos sintomas gastrointestinais a partir da dieta com baixo teor de FODMAPs em pacientes com Síndrome do Intestino Irritável e Doença Inflamatória Intestinal. Na população com transtorno do espectro autista os objetivos foram avaliar a incidência de sintomas gastrointestinais e o impacto da restrição de FODMAPs nos mesmos. Os estudos mostraram melhoras de sintomas gastrointestinais, com alívio após implementação da dieta, em especial em pacientes com síndrome do intestino inflamatório e doença inflamatória intestinal.Conclusões: a dieta com baixo teor de FODMAPs mostrou melhora de sintomas gastrointestinais quando aplicada a indivíduos com alterações intestinais. Contudo são necessárias maiores evidências cientificas para indicar sua aplicação como medida de rotina no transtorno do espectro autista.

Objetivo: descrever a intervenção e a assistência nutricional realizada a uma criança com Transtorno do Espectro Autista de grau severoDescrição do caso: Menino com sete anos e 10 meses de idade diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista aos dois anos e 6 meses. Aos seis anos passou a utilizar medicação antipsicótica frente a sua limitada interação social e agravo do seu comportamento agressivo. O menino foi encaminhado do setor de neurologia pediátrica para o ambulatório de nutrição pediátrica em razão do ganho de peso excessivo e erro alimentar. A intervenção nutricional desenvolveu-se em seis consultas realizadas no ambiente ambulatorial e domiciliar. Na primeira consulta foi estabelecida uma meta baseada no principal problema apresentado. Neste caso a meta foi a redução do consumo de alimentos ultra processados, melhora na densidade de nutrientes ingeridos e controle do peso corporal. Para o alcance desta meta foram estabelecidas de 3 a 5 tarefas que eram revisadas e mantidas ou ampliadas a cada consulta.Conclusões: o modelo de intervenção nutricional proporcionou adaptação da família às mudanças, alcance da meta, melhora da densidade nutricional da alimentação e controle do peso corporal do paciente.