RESUMO Objetivo Descrever a frequência, a distribuição e as principais características dos casos de suicídio no Rio Grande do Sul. Métodos Estudo transversal que incluiu todos os óbitos por suicídio notificados de 01/01/2013 a 31/12/2017. A análise compreendeu a descrição dos casos, a verificação da distribuição do método conforme o sexo e o cálculo das estimativas anuais de mortalidade. Resultados Foram notificados 5.901 casos, a maioria do sexo masculino (79,3%), com idade entre 35 e 59 anos (45,9%), cor de pele branca (90,9%), ensino fundamental (66,6%), sem cônjuge (63,6%) e trabalhadores do setor secundário (54,4%). Do suicídio predominou ocorrência policial como fonte de notificação (90,8%), domicílio como local de ocorrência (68,9%), enforcamento, estrangulamento ou sufocação como causa básica (71%); observaram-se diferenças significativas entre homens e mulheres quanto à escolha do método e aumento nas taxas anuais de mortalidade no período analisado. Conclusão Constatou-se aumento dos óbitos por suicídio no local e período estudados, indicando que é uma importante causa de mortalidade, especialmente, entre homens adultos.
RESUMO Objetivo: Descrever os casos autoprovocados de violência e de intoxicação exógena aguda ocorridos no Rio Grande do Sul (RS) entre os anos de 2013 e 2017. Métodos: Estudo transversal incluindo todos os casos notificados no Sistema de Agravos de Notificação (Sinan) entre 2013 e 2017, selecionados por meio das fichas de violência interpessoal/autoprovocada, por meio da variável lesão provocada, e de investigação de intoxicação exógena, pela variável circunstância da exposição/contaminação. A análise compreendeu a estatística descritiva, o cálculo das prevalências por 100.000 habitantes e a estratificação por sexo conforme características sociodemográficas e clínicas. Resultados: No perío-do proposto, foram notificados 18.544 casos autoprovocados de violência e 5.624 de intoxicação exógena, com predomínio de mulheres (67% e 75,3%), entre 30 e 59 anos (46,4% e 49%), brancas (86% e 86%), com ensino fundamental completo/incompleto (58,3% e 47,3%), residentes em zona urbana/periurbana (89,2% e 89,6%) e com episódios ocorridos na própria residência (88,8% e 96,6%). Quanto aos métodos de violência empregados, destacaram-se os envenenamentos/intoxicações (39,7%), enforcamentos (13,8%), agentes perfurocortantes (13,6%) e armas de fogo (2,0%). Verificou-se diferença conforme o sexo nas variáveis sociodemográficas e clínicas referentes a ambos os agravos, bem como um aumento de 169% e 381,1%, respectivamente, nas prevalências de violência e intoxicação entre os anos de 2013 e 2017. Conclusões: Evidenciou-se um expressivo e crescente número de casos no estado, com maiores implicações no gênero feminino, importantes diferenças de acordo com sexo e populações mais acometidas, fomentando a necessidade da implementação de medidas preventivas específicas nos grupos vulneráveis.
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