Tanto a suinocultura como a horticultura são atividades do agronegócio com alto potencial gerador de resíduos sólidos. Tal situação tem levado a um passivo ambiental crescente nas duas atividades. Resíduos que dificultam o processo natural de degradação, como as hortaliças, tornam necessárias associações para facilitar seu tratamento. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo geral avaliar os parâmetros físico químicos e microbiológicos de um sistema de compostagem de dejetos sólidos de suínos associado com resíduos de hortaliças. A pesquisa foi realizada na área experimental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus São Roque, durante o período de 77 dias. Foi feito um tratamento com três repetições na forma de canteiros, onde foram investigadas bactérias do grupo coliforme com um total de 11 coletas em cada canteiro, com intervalo semanal, sendo a primeira coleta realizada no primeiro dia da implantação. Em relação aos parâmetros físico químicos, foram analisados temperatura, pH e relação carbono nitrogênio. Os resultados revelaram que o sistema de compostagem apesar de não apresentar fase termofílica, com aumento de temperatura, apresentou a redução de bactérias do grupo coliforme termotolerante, importante grupo de micro-organismos indicadores de qualidade ambiental. Entretanto, em relação as bactérias do grupo coliformes totais mantiveram-se os valores em 240 UFC/ml. O pH variou de levemente alcalino para ácido onde, por fim, voltou a se elevar na última semana. Quanto a relação carbono nitrogênio (RCN), o substrato inicial mostrou-se com valores acima do ideal para este tratamento. Porém, ao longo do processo foi observada grande redução nessa relação, mas que ainda não enquadra o composto nos resultados ideais para o tratamento utilizado.
A remoção biológica de nutrientes com a utilização de plantas aquáticas vem sendo utilizada para melhorar a qualidade das águas residuárias, principalmente as originárias da suinocultura. Este trabalho teve por objetivo avaliar os parâmetros físico-químicos e microbiológicos do efluente suíno (ES) originário da biodigestão anaeróbia e decantação com a utilização de Taboa (Typha dominigensi) e Papiro (Cyperus papyrus) em leitos cultivados experimentais. Foram construídos quatro sistemas experimentais com duas repetições cada um, sendo: a) tratado (taboa), b) tratado (papiro), c) tratado (papiro e taboa), e, d) controle (somente o efluente). O ES teve um tempo de detenção hidráulica de sete dias abastecidos semanalmente. Foram avaliados os seguintes parâmetros físico-químicos: pH, sólidos totais (ST), nitrogênio total (NT) e fósforo total (FT). Foram também avaliados os parâmetros microbiológicos com a pesquisa de coliformes totais e termotolerantes. Os sistemas de cultivo de efluente suíno proveniente da biodigestão anaeróbia e decantação tratados com taboa (Typha domingensis) e papiro (Cyperus papirusI) não foi capaz de reduzir as bactérias do grupo coliforme total, as bactérias do grupo coliforme termotolerantes, apresentaram redução em todos os sistemas analisados. A variação de pH foi mínima, mantendo-se na faixa da alcalinidade, assim como os valores de sólidos totais.O nitrogênio total obteve redução significativa na primeira semana do experimento.Os valores de fósforo total apresentaram altas taxas de remoção, o papiro atuando sozinho apresentou melhor capacidade de assimilação deste nutriente.
Um dos principais contrapontos em relação às metodologias de tratamento de efluentes está relacionada à sua elevada produção de lodo, que por sua vez pode ser um produto de valor agregado, podendo ser utilizado como biofertilizante e matéria orgânica com poder calorífico relevante. Este trabalho teve por objetivo avaliar os parâmetros físico-químicos e microbiológicos do lodo originário da biodigestão anaeróbia do efluente suíno (ES), proveniente de uma granja de suínos tecnificada de ciclo completo. Foram coletadas 40 amostras de lodo num período de 30 dias, e as amostras foram avaliadas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - São Roque (IFSP-SRQ) e na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foram analisados os parâmetros físico-químicos de pH, sólidos totais, fixos e voláteis (ST, SF e SV), nitrogênio total (NT), fósforo total (PT) e relação Carbono/Nitrogênio (RCN), parâmetros microbiológicos de coliformes totais e termotolerantes (CT e TT) e Poder Calorífico superior do lodo (PCS). Os resultados revelaram que o pH se manteve na faixa da alcalinidade variando entre 8,16 e 8,3, os ST variaram entre 21,12% e 44,91%, os SF entre 41,93% e 71,92%, já os SV variaram de 28,08% a 54,07%, o NT variou entre 0,49 mg/g e 1,1mg/g, PT entre 0,47mg/g e 0,7mg/g, a RCN (expressa em porcentagem) entre 26,9 e 42,04, mostrando potencial do lodo para ser utilizado como biofertilizante. O PCS do lodo variou entre 6,919 MJ/kgST quando em menor granulometria e 11,663 MJ/kgST em maior granulometria, apresentando potencial para ser utilizado como biomassa energética, a exemplo de lodos de outras origens. Em relação aos TT, foram detectadas contagens baixas destes micro-organismos, sendo, dessa forma, um resultado positivo do ponto de vista sanitário.
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