Em unidades de conservação da zona costeira, o conhecimento das macroalgas marinhas é essencial para monitoramento e manejo. Para o Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), Ubatuba, norte do Estado de São Paulo, estudos pretéritos realizados na Enseada da Fazenda listam espécies de macroalgas, coletadas em costões rochosos e manguezais. O presente estudo visou complementar o levantamento taxonômico da flora ficológica marinha do Núcleo Picinguaba, avaliando também a adequação da metodologia para amostragens de suas comunidades de costões rochosos. Foram selecionados 13 pontos de coleta, entre a Ponta da Almada e a Ponta do Cambury, área de maior interferência antropogênica na zona costeira do PESM. No verão de 2007, foram efetuadas coletas de macroalgas, desde a franja da região sublitorânea até o limite do substrato rochoso com a areia. Para uniformizar o esforço amostral, estas buscas foram efetuadas, em cada ponto de coleta, pelo mesmo especialista, durante uma hora de mergulho em apnéia, em uma extensão horizontal do costão rochoso de cerca de 20 m. Foram identificados 128 táxons de categoria infragenérica (80 Rhodophyta, 22 Ochrophyta e 26 Chlorophyta). Callithamniella flexilis Baardseth, Cryptonemia seminervis (C. Agardh) J. Agardh, Cladophora pseudorupestris C. Hoek e Cladophora cf. pygmaea Reinke são ocorrências novas para o litoral do Estado de São Paulo, tendo sido descritas e ilustradas. Foram acrescentadas 64 espécies de macroalgas para os costões rochosos do PESM. O esforço amostral foi considerado adequado, resultando na identificação de número de espécies de macroalgas similar ao de outros estudos realizados no litoral norte do estado de São Paulo e no extremo sul do estado do Rio de Janeiro. Para o monitoramento da zona costeira desta unidade de conservação, recomenda-se o levantamento taxonômico das macroalgas dos costões rochosos de modo continuado, durante o período de verão de anos sucessivos, seguindo a mesma metodologia aqui descrita.
RESUMO O presente trabalho caracteriza as assembléias de macroalgas de dois manguezais localizados no Parque Estadual da Serra do Mar (Ubatuba-São Paulo) avaliando a composição, a abundância, as variações espaço-temporais na biomassa e no estado reprodutivo das algas. Dez amostras foram coletadas aleatoriamente, em quatro campanhas, em três pontos de coleta ao longo dos Rios Picinguaba e Rio da Fazenda. Um total de 16 táxons foi identificado. Os táxons mais representativos em termos de freqüência de ocorrência e biomassa foram Bostrychia calliptera, Bostrychia moritziana e Bostrychia radicans. Os maiores valores de biomassa das amostras foram observados no ponto B do Rio Fazenda, em setembro (160,17 ± 75,51 g.m-2) e os menores no ponto C do rio Picinguaba, em março (24,85 ± 23,80 g.m-2). A ausência de uma tendência na distribuição das macroalgas indica que os rios apresentam condições semelhantes para o desenvolvimento das espécies típicas do "Bostrychietum", possivelmente, devido à alta vazão dos rios, aliada à ausência de um período de seca ao longo do ano.
<p>O estudo de bacias hidrográficas mostra-se cada vez mais necessário na correlação com as Áreas de Preservação Permanente (APP), pois a existência de conflitos entre uso e ocupação e o descumprimento da legislação nessas áreas põem em risco a integridade dos recursos hídricos, afetando a qualidade da água. O diagnóstico ambiental das condições <em>in loco </em>é o primeiro passo para o planejamento de uso sustentável de uma bacia hidrográfica, possibilitando identificar os fatores que possam estar interferindo e provocando a degradação. O objetivo deste trabalho foi realizar o diagnóstico ambiental em campo da Bacia Hidrográfica do Rio Macacu e avaliar os principais impactos ambientais das suas margens, propondo medidas para a correção dos problemas. Na área do Baixo Macacu, foi constatada a implementação de áreas agrícolas sem o manejo adequado e a ausência de matas ciliares. Já no Alto Macacu, a ausência de planejamento urbano favoreceu a ocupação das áreas de APP ao longo do leito do rio, principalmente por residências, que lançam o esgoto <em>in natura</em>, contribuindo para a degradação do curso d’água. Ao final, são apresentadas são apresentadas propostas para correção dos problemas encontrados. </p><p><strong>Palavras chave</strong>: Bacia hidrográfica, erosão, mata ciliar, poluição.</p>
RESUMOCaramujo Africano Gigante -Achatina fulica (Bowdich, 1882) -introduzido por iniciativa humana e facilitado por sua competência ecológica, se espalhou por diversas regiões tropicais e subtropicais do mundo. No continente sul-americano se tornou assunto de saúde pública por ser um possível vetor de alguns nematóides e Helmintos que podem afetar os seres humanos. Uma espécie exótica, sem predador natural e com vantagens naturais para invadir e ocupar novas áreas. Qual o sucesso das medidas que estão sendo adotadas no controle da espécie? Os diferentes países estão adotando técnicas variadas e os artigos levantados apresentam as vantagens e desvantagens na adoção de cada técnica. Divulgar o resultado dessas iniciativas pode auxiliar aos pequenos agricultores e às populações de áreas rurais ou de borda de unidades de conservação na hora de optar por medidas mais adequadas a cada realidade.Palavras-chave: Caramujo Africano. Caramujo gigante. espécie invasora. técnicas de manejo. ABSTRACTGiant African Snail -Achatina fulica (Bowdich, 1882) -introduced by human initiative and facilitated by its ecological competence, it is spread throughout the tropical and subtropical regions of the world. No South American continent has become a public health code by a single vector of some nematodes and Helminths that can affect humans. An exotic species, without natural predator, and with natural advantages to invade and occupy new areas. What is the success of measures being taken to control the species? Different countries are equipped with varied techniques and the articles presented have advantages and disadvantages in the adoption of each technique. Disseminating the results of initiatives can help small farmers and rural populations or border conservation units when choosing the most appropriate measures for each situation.
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