Um dos grandes desafios de professores da área de Ciências Humanas que atuam na Educação Básica é tornar suas aulas mais atrativas com vistas a promover uma aprendizagem significativa. Nesse sentido, precisa valer-se de tantos recursos quantos forem necessários para que os alunos se sintam motivados a aprender os conteúdos de ensino e, consequentemente, se familiarizarem com a disciplina. Nessa perspectiva, o presente texto discute o uso do cinema como recurso didático no ensino de História. Sugere alguns filmes que podem ser trabalhados nas aulas e chama a atenção para certos procedimentos didáticos e metodológicos que devem ser adotados antes e durante o trabalho com filmes em sala de aula. Ademais, problematiza a utilização de filmes para ocupar o tempo escolar, ante a possibilidade de promover a reflexão sobre o passado, o presente e o futuro a partir do conteúdo trabalhado.

No presente artigo buscamos compreender as diversas mudanças que foram imputadas sobre a Educação no Brasil. O texto tem início na forma de se conceber o ensino a partir da construção da República Brasileira, compreendendo que ela foi edificada em meio a entendimentos diversos, mistura de ideologias, posições políticas ambíguas e autoritárias, elementos enraizados em nossa história, resultante da colonização, que nos foi imposta. Buscamos centralizar nossas   reflexões em diferentes Leis, que foram marcos importantes para o desenvolvimento da educação destinada aos jovens, para que se pudesse tecer algumas considerações acerca das muitas luzes e sombras que pairam sobre o Novo Ensino Médio, implementado no ano vigente nas escolas. Baseamos-nos nos seguintes autores: ARANHA (2006), GHIRALDELLI JÙNIOR (1990), ROMANELLI (2001), e diversos documentos publicados para nortear os estudos de professores/as da Rede Pública do Ensino acerca das mudanças propostas para os anos finais da Educação Básica. Esperamos , através da leitura desse texto, que se possa acender um debate entre educadores nas escolas de modo a se pensar e repensar os caminhos que se delineiam para a educação a partir da promulgação das Leis que dão orientação ao ensino, e que através dessas reflexões se  possamos amenizar as sombras que pairam sobre a formação escolar destinada aos jovens.

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Nenhuma paisagem urbana é monolí­tica, mas polivalente e multifacetada. Ao longo das várias ruas, vários olhares se debruçam sobre as experiências cotidianas, expressas nas práticas sociais vivenciadas. O narrador, nosso guia, nos revela o valor do seu depoimento, uma recordação envolvida na memória social e coletiva. O panorama projetado sempre é plural e dialético, multifacetado e as paisagens retidas se apresentam tranquilas ou turbulentas, dependendo do estado de espí­rito do narrador. As múltiplas revelações do cotidiano urbano se nos afiguram como sí­mbolos de representações sociais projetadas.