O uso da madeira da poda agroflorestal surge como uma forma de incentivo ao manejo das árvores nos sistemas agroflorestais (SAFs) e como fonte de matéria prima para artesãos, proporcionando maior visibilidade ao componente arbóreo. O objetivo com esse estudo é avaliar o uso da poda como estratégia de manejo dos SAFs e na confecção de artefatos em madeira. A pesquisa foi realizada em uma propriedade da Associação de Produtores e Produtoras da Agricultura Familiar do Município de Tomé-Açu, e com artesãos da Associação de Artesãos da Amazônia, de Belém, Pará. Coletaram-se dados sobre a poda do componente arbóreo e sobre a compreensão da sustentabilidade no uso da poda no manejo dos SAFs e na atividade de artesanato. Os dados foram analisados pela estatística descritiva. A poda agroflorestal gerou 2,3 m3 de resíduos que foram utilizados para cobertura morta e a confecção de artefatos, portanto, o uso da madeira de poda se estabelece como mais um produto dos SAFs familiares, incentiva o manejo das árvores, e cria um canal de comercialização entre agricultores e artesãos; como estratégia de manejo, a poda contribui para a sustentabilidade ambiental, econômica e sociocultural, entretanto, a sensibilização dos agricultores para esta prática depende do conhecimento sobre os benefícios relacionados à sustentabilidade dos sistemas.
Neste artigo avalia-se a percepção agroflorestal dos agricultores da agricultura familiar e empresarial do município de Tomé-Açu, estado do Pará. A percepção dos agricultores foi importante para construir relações com a natureza durante a implantação e manejo dos sistemas agroflorestais (SAF), no entanto, reconhecemos que essa percepção precisa ser mais bem investigada. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram realizadas abordagens quantitativa e qualitativa, aplicadas entrevistas com roteiro semiestruturado, realizadas caminhadas transversais com observação direta e anotações em um diário de campo. Analisaram-se os dados pela estatística descritiva no programa SPSS 19.0. As percepções dos agricultores sobre os SAF são distintas. O caráter ambiental é considerado pelos agricultores familiares, devido sua visão histórico-cultural de manejo dos sistemas e por identificarem a necessidade de sombreamento e valorização dos serviços ecossistêmicos. Já os agricultores empresariais baseiam-se em observações econômicas. Diante das análises, ressaltamos que o apoio da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), Associação dos Produtores e Produtoras Rurais da Agricultura Familiar do Município de Tomé-Açu (Apprafamta) e instituições de ensino e pesquisa é importante na difusão da informação e intercâmbio de experiências para a transição agroecológica.
Os sistemas de agrofloresta produzem alimentos, geram renda e promovem a valorização dos saberes tradicionais e práticas agroecológicas pelos sujeitos campesinos. O objetivo da pesquisa foi analisar as percepções das famílias camponesas sobre o manejo dos sistemas de agrofloresta, em áreas de várzea, no município de Cametá, Pará, na perspectiva da educação agroflorestal. Entrevistou-se 30 famílias, utilizando roteiro de entrevista semiestruturado, e resultados analisados com apoio da estatística descritiva. As relações construídas no manejo dos sistemas estão relacionadas às percepções sobre o caráter econômico da produção, mas com forte perspectiva sociocultural e ambiental. O manejo intensivo propicia mudanças negativas na paisagem e na vida das famílias, com percepções de alternativas de manejo baseadas na diversidade agroflorestal. O envolvimento de sujeitos formadores ocorre pela valorização dos saberes e troca de experiências, e a sensibilização ancorada na educação agroflorestal.
Estudar a organização do trabalho em sistemas de produção familiares (SPF) pode ajudar a compreender as lógicas de reprodução social dos camponeses e assim pensar outras epistemologias que orientem a atuação no ensino, na pesquisa e na extensão. Objetivou-se neste artigo refletir a categoria trabalho como um princípio educativo na Licenciatura em Educação do Campo (LEDOC) da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus do Tocantins/Cametá. A pesquisa foi realizada junto à comunidade quilombola de Tomásia, no município de Cametá, Pará. Foram realizadas cinco oficinas formativas e um diagnóstico dos SPF, com aplicação de questionários a 19 famílias da localidade. Os SPF são diversificados, principalmente, no que se refere as culturas que são para segurança alimentar das famílias. O cultivo da mandioca é a principal atividade que gera renda. Compreendeu-se que a produção é central para a reprodução das famílias, assim ao mesmo tempo em que orientamos as famílias para se reconhecerem enquanto sujeitos de direitos, também realizamos formações sobre a política nacional de alimentação escola (PNAE) e sobre a gestão coletiva de feiras, a fim de ter uma produção para a casa, para a escola e para as feiras.
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