Este trabalho descreve um método para a pré-concentração de cádmio com sílica gel modificada com cupferron e sua determinação por espectrometria de absorção atômica com chama. O efeito do pH, a quantidade do material adsorvente, a concentração de eluente, volume da amostra e quantidade do analito adsorvido foram otimizados. O efeito de interferentes foi avaliado para diversos íons mostrando que a extração de cádmio somente é afetada por Zn(II) e Cu(II), dependendo da concentração dos mesmos, mas pode ser minimizada pela adição de 0,05 mmol de KI. Foi obtido um fator de enriquecimento de até 30 vezes. Os limites de detecção e de quantificação foram de 0,5 µg L -1 (3σ) e 2,0 µg L -1 (10σ), respectivamente, com rsd de 1,1% (n=10). A exatidão foi avaliada com material de referência certificado e o resultado obtido (3,93 ± 0,01 µg g -1 ) concordou com o valor certificado (4,15 ± 0,38 µg g -1 ). O teor de cádmio em esmalte de unhas foi determinado, obtendo-se recuperações quantitativas para as amostras enriquecidas com o analito. O método proposto caracteriza-se pela simplicidade, eficiência e baixo custo.A method for the determination of cadmium by flame atomic absorption spectrometry (FAAS) after its preconcentration onto a column containing silica gel modified with cupferron was developed. The pH, amount of adsorbent material, concentration of eluent, volume of sample and amount of Cd were optimized. The effect of several foreign ions was also investigated and showed that the retention of cadmium depended on the amounts of Zn(II) and Cu(II) present and that these interferences could be overcome by using a 0.05 mmol KI. An enrichment factor of up to 30 was obtained , the LOD was 0.5 µg L -1 (3σ) and the LOQ was 2.0 µg L -1 (10σ) with rsd of 1.1% (n = 10). The accuracy of the proposed method was ascertained by using certified reference material and the obtained result (3.93 ± 0.01 µg g -1 ) agrees with the certified value (4.15 ± 0.38 µg g -1). The determination of Cd in nail polish showed quantitative recoveries for the spiked samples. The proposed method is characterized by simplicity, efficiency and low cost.
Recebido em 18/5/05; aceito em 14/2/06; publicado na web em 30/8/06 LANDMARKS IN THE HISTORY OF RADIOACTIVITY AND CURRENT TENDENCIES. The first days of radioactivity, the discoveries of X-rays, radioactivity, of α-and β-particles and γ-radiation, of new radioactive elements, of artificial radioactivity, the neutron and positron and nuclear fission are reviewed as well as several adverse historical marks, such as the Manhattan project and some nuclear and radiological accidents. Nuclear energy generation in Brazil and the world, as an alternative to minimize environmental problems, is discussed, as are the medicinal, industrial and food applications of ionizing radiation. The text leads the reader to reflect on the subject and to consider its various aspects with scientific and technological maturity.Keywords: the history oh radioactivity; nuclear accidents; beneficial uses of radioactivity. AS DESCOBERTASA descoberta dos raios-X Na noite de 8 de novembro de 1895, o físico alemão Wilhelm C. Röntgen trabalhava em uma sala totalmente escura, utilizando uma válvula com a qual estudava a condutividade dos gases. A certa distância da válvula, havia uma folha de papel tratada com platinocianeto de bário usada como tela. Röntgen viu com espanto a tela brilhar, emitindo luz 1 . Achou que esta luz não poderia ser proveniente da válvula, pois a mesma estava coberta por uma cartolina negra e nada (luz ou raio catódico) poderia ter vindo dela. Surpreso, fez várias investigações. Virou a tela, expondo o lado sem o revestimento de platinocianeto de bário, e esta continuava a brilhar. Colocou diversos objetos entre a válvula e a tela e viu que todos pareciam transparentes, mas não demorou a ter uma surpresa maior, quando sua mão escorregou em frente à válvula e viu seus ossos na tela. Registrou em chapas fotográficas suas observações e só então teve certeza de que estava diante de algo novo. Em 28 de dezembro de 1895, Röntgen entregou à Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, Alemanha, um relatório preliminar de sua descoberta, descrevendo as pesquisas que fizera nas sete semanas anteriores: os objetos tornavam-se transparentes diante dos novos raios que, por serem desconhecidos, chamou-os de raios-X 2 . Em 1901, Röntgen foi laureado com o primeiro Prêmio Nobel da Física. Mais recentemente, seu nome foi dado ao novo elemento 111.A descoberta da radioatividade: as partículas α α α α α e β β β β β e os raios γ γ γ γ γ Antoine H. Becquerel, membro de uma família de quatro gerações de físicos de renome, tinha grande interesse pelas áreas de fosforescência e fluorescência moleculares. A descoberta de Röntgen o levou a fazer observações para verificar se substâncias fosforescentes ou fluorescentes emitiam raios-X. Seus primeiros resultados foram negativos 3 . Com experimentos adicionais utilizando urânio, Becquerel chegou à conclusão de que a radiação penetrante era originária do próprio elemento e não tinha relação com o fenômeno da fluorescên-cia 4 . Esta radiação, que inicialmente ficou conhecida como raios de Becquerel, foi chamada ...
Recebido em 8/3/04; aceito em 19/11/04; publicado na web em 13/4/05 DETERMINATION OF ARSENIC IN CONTAMINATED WATERS USING ENERGY DISPERSIVE X-RAY FLUORESCENCE. This work proposes a simple, fast and inexpensive method to determine As in natural waters, using X-ray fluorescence. 50 µL of each sample containing 100 mg L -1 of yttrium as internal standard were deposited over a 2.5 µm thickness Mylar TM film. The samples were dried at 50 °C for 2 h. X-ray spectra were obtained using an EDXRF apparatus. The accuracy was determined by analyte addition/recovery and by comparison with Hydride Generation Atomic Absorption Spectrometry (HG AAS). A recovery of about 100% was obtained and the results were in good agreement with HG AAS. The method showed a relative standard deviation of 6.8% and a detection limit of 10.5 µg L -1 of As.Keywords: arsenic; natural water; EDXRF. INTRODUÇÃOO arsênio, isolado em 1250 por Albertus Magnus, tem sido motivo de controvérsias durante toda a história da humanidade 1 . Na forma metálica e com elevado grau de pureza, é empregado na indústria eletrônica para produção de diodos e compostos semicondutores. Alguns compostos do elemento são empregados na agricultura, como matéria prima para produção de pesticidas. Na indústria química, é empregado como agente descolorante e espessante na produção de vidros e na purificação eletrolítica do zinco. Na medicina, é usado em algumas formulações de uso médico e veterinário e compostos de As, como o clorodietilarsênio e a Lewisita (Cl-CH=CH-AsCl 2 ), que já foram utilizados como armas químicas no passado 2,3 .A toxidez do elemento depende muito de sua forma química e de seu estado de oxidação 1 . O arsênio elementar não é tóxico, mas é rapidamente convertido a produtos tóxicos pelo organismo humano. A maior parte dos compostos contendo arsênio, sejam eles orgânicos ou inorgânicos, penta-ou trivalentes, acabam sendo convertidos pelo organismo ao trióxido de arsênio, o qual reage muito rapidamente com os grupos sulfidrilas (-SH) de proteínas, inibindo a ação enzimática e bloqueando a respiração celular 4 .A introdução do arsênio no meio ambiente, especialmente em sistemas aquáticos, tem várias fontes, as quais podem ser de origem natural e antropogênica. As fontes naturais de contaminação por arsênio abrangem minerais e rochas que contêm As e os solos e sedimentos formados a partir dessas rochas, assim como os fenô-menos geotermais e vulcânicos. As fontes antropogênicas incluem atividades relacionadas à preservação de madeira, à utilização do elemento na agricultura (geralmente em pesticidas), aos rejeitos provenientes da mineração, das atividades de refino dos metais não ferrosos e da queima de carvão, rico em As 5 .No Brasil, as fontes naturais de contaminação por As, identificadas até o momento, estão relacionadas às rochas que hospedam depósitos auríferos sulfetados, como as da região do Quadrilátero Ferrífero (MG), as da Fazenda Brasileiro (Teofolândia-BA), as da Mina III (Crixás, GO) e as do Vale do Ribeira (SP). As fontes antropogênicas já identifi...
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