Resumo Este texto tem como objetivo problematizar as elaborações teóricas de Melanie Klein acerca do conceito de reparação, dando destaque a Mignon Nixon, comentadora de suas obras na interface com a arte contemporânea. Esta historiadora compreende que, na atualidade, é necessária uma antropofagia dos conceitos focados no registro simbólico de Lacan, isto é, uma crítica de sua obra por meio do retorno às teorizações de Klein no âmbito da arte. Este retorno a Klein, apoiado na crítica do que seria o ensino de Lacan, suscita questões e exige uma reflexão cuidadosa. Conforme pretendemos indicar neste artigo, tal proposta cria ruídos e um impasse no interior de seu próprio corpo teórico, sobretudo no que concerne à criação vinculada à reparação. Além disso, buscaremos indicar eixos teóricos presentes em Lacan, como o da pulsão de morte, o gozo e a lalíngua, que poderiam fazer face às questões levantadas por Nixon.
Partindo da articulação entre os termos semblante, corpo e objeto na teoria psicanalítica, a finalidade deste texto é "discutir" o corpo na Teoria dos Discursos. Para tanto, procuramos explicitar melhor a função do objeto perdido tal como é recolhida por Lacan do texto freudiano, visando estabelecer o estatuto do objeto que sustenta a imagem e sua relação com o gozo - entendido neste contexto como satisfação que transcende os limites estabelecidos pelo prazer como princ ípio.
Resumo Este artigo situa a Devastação como operação lógica que remete e contrasta, quanto à incidência e consequências psíquicas, com a operação instauradora do narcisismo no primeiro tempo da constituição subjetiva. Observando a necessidade de reafirmação da imagem no embate arrebatador com o espelho, o trabalho ressalta, com o conto Branca de Neve, algo de estrutural no mal-estar das mulheres em relação à imagem, analisando a delicada relação da madrasta com sua imagem própria refletida pelo espelho falante. Para tanto, relemos Freud, Sobre o narcisismo: uma introdução, e Lacan, O estágio do espelho como formador da função do eu, recorrendo às reflexões psicanalíticas acerca da edificação do corpo para elucidar o processo contínuo de sua construção, que no feminino é reiteradamente confrontado com a falta de um significante (simétrico ao falo) que pudesse alienar o gozo e encerrar a busca por uma representação última para o ser dȺ mulher.
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