The economic policies of the governments of Lula da Silva (2003–2010) and Dilma Rousseff (2011–2016) combined orthodox measures with distinctive pro-growth measures that, although they deviated from neoliberalism, cannot be called “developmentalist” either. They lacked a long-term strategy for reversing the deindustrialization of the country or advancing to a new technological paradigm. They did, however, have a historical commitment to income redistribution that was largely implemented. The broad social pact proposed by Lula acknowledged the hegemony of financial capital, and its contradiction was that it protected the hegemonic group by means of monetary and fiscal policies that required growth in the gross domestic product, a favorable balance of payments, and a gap between wages and productivity. When these conditions no longer held, Rousseff responded to the crisis with a “new macroeconomic matrix” that amounted to the abandonment of Lula’s class-coalition pact. As políticas econômicas dos governos de Lula da Silva (2003–2010) e Dilma Rousseff (2011–2016) combinaram medidas ortodoxas com distintas medidas pró-crescimento que, embora se desviassem do neoliberalismo, também não podem ser chamadas de “desenvolvimentalista.” Eles careceram de uma estratégia de longo prazo para reverter a desindustrialização do país e avançar para um novo paradigma tecnológico. Eles tinham, no entanto, um compromisso histórico com a redistribuição de renda que foi implementada em grande parte. O amplo pacto social proposto por Lula reconheceu a hegemonia do capital financeiro, e sua contradição foi que protegia o grupo hegemônico por meio de políticas monetárias e fiscais que exigiam crescimento do produto interno bruto, uma balança de pagamentos favorável e uma lacuna entre salários e produtividade. Quando essas condições não mais se mantiveram, Rousseff respondeu à crise com uma “nova matriz macroeconômica” que resultou no abandono do pacto de coalizão de classes de Lula.
Resumo A partir de uma perspectiva da Economia Política, o artigo analisa os governos de Lula e Dilma Rousseff, enfocando o relacionamento entre a política macroeconômica e seus condicionantes políticos, econômicos e sociais. Mostra que tais governos executaram com relativo êxito um projeto de redistribuição de renda, porém, ao contrário de parte da literatura, defende que os mesmos não podem ser caracterizados, a rigor, nem como neoliberais ou, tampouco, como desenvolvimentistas. Defende, ainda, a hipótese de que a “nova matriz macroeconômica” do governo Rousseff representou mais do que mera alteração na política econômica: constituiu-se em ponto de inflexão nos governos petistas, pois significou o desfazimento de umpacto de coalizão de classesfirmado por Lula com segmentos empresariais, o qual os respaldava desde a “Carta ao Povo Brasileiro” (2002). A partir de 2008, a crise econômica internacional, o processo de desindustrialização em marcha e um conjunto de condições permissivas evidenciaram os limites da coalizão em vigor, dificultando a continuidade do projeto redistributivo.
Resumo A trajetória do setor de máquinas-ferramenta (MF) no Brasil entre 1930 a 1980 é caracterizada por forte crescimento, embora poucas firmas do setor acumularam capacidades tecnológicas nesse processo. A reserva de mercado gerou demanda para tal crescimento, mas configurou a especialização setorial em produtos com menor conteúdo tecnológico tendo em vista o mercado internacional. O setor de MF no Brasil possui empresas com capacidade de adaptação das inovações internacionais para o mercado interno, e nesses processos ocorrem a criação e a assimilação de conhecimento com as atividades de P&D, licenciamento, interações produtor-usuário, com fornecedores e acesso a conhecimentos das matrizes no caso de filiais de empresas estrangeiras.
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