Sinningia gigantifolia Chautems é uma espécie rupícola restrita à Serra da Mantiqueira e partes altas da Serra do Mar, que ocorre principalmente em formações florestais. O presente trabalho apresenta o primeiro registro desta espécie para o Estado de São Paulo, na Serra do Baú, em São Bento do Sapucaí. Uma descrição completa da espécie, uma análise da sua distribuição e uma alteração na chave de identificação do gênero Sinningia da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo são fornecidas.
This analysis presents a revised distribution for Ocotea curucutuensis J.B. Baitello in southeastern Brazil. Because of its strong similarity with Ocotea spixiana (Nees) Mez this species remained unrecognized for over a hundred years after the first collection by A.
Na Serra da Cantareira, houve o corte da foresta para a instalação de torres de transmissão de energia elétrica, formando clareiras que variaram de 120 m2 a 286 m2 , totalizando 0,2 ha. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a estrutura do componente arbustivo-arbóreo nestas clareiras, analisando os componentes dos indivíduos originados por sementes e por brotação. Foram amostrados 1.732 indivíduos com altura superior a 1,30 m, pertencentes a 140 espécies e 44 famílias. Destes, 1.336 indivíduos (77,2%) e 83 espécies originaram-se por sementes, com Densidade de 6.680 ind./ha e Dominância de 6 m2 /ha; e 396 indivíduos (22,8%) e 78 espécies por brotação, com Densidade de 1.980 ind./ha e Dominância de 1,2 m2 /ha. Para os indivíduos originados por sementes, Croton macrobothrys, Piptocarpha macropoda, Trema micrantha, Solanum mauritianum e Sessea brasiliensis apresentaram os maiores Valores de Importância, e para aqueles originados por brotação, Cupania oblongifolia, Coffea arabica, Sessea brasiliensis, Croton foribundus e Guarea macrophylla. A similaridade forística entre os dois componentes foi baixa (15%), evidenciando a existência de dois conjuntos forísticos diferentes. Para os indivíduos que se estabeleceram por sementes predominaram espécies Pioneiras (72,6% das espécies, 77,7% dos indivíduos), diferindo dos indivíduos que se mantiveram por brotação, em que predominaram Secundárias iniciais e Umbróflas com 55,1% e 28,5% dos indivíduos e 49,4% e 22,1% das espécies, respectivamente, mostrando a substituição de espécies, famílias e grupos sucessionais predominantes em comparação com a foresta original.
As florestas estão sujeitas a ações antrópicas, diretas ou indiretas, que causam sua degradação ou supressão. Ao cessar essas atividades se inicia o processo de sucessão, originando florestas secundárias. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a composição florística da vegetação arbustivo-arbórea de áreas em início de regeneração no Parque Estadual da Cantareira, São Paulo (SP). Foram avaliados onze sítios da Linha de Transmissão Guarulhos–Anhanguera, onde houve o corte de 0,2 ha da vegetação para instalação de torres de transmissão, em julho de 2006. O levantamento foi realizado em dois períodos de amostragem. Foram encontradas 101 espécies pertencentes a 32 famílias e 59 gêneros, sendo 60,4% pioneiras, 31,7% secundárias iniciais, 1% secundária tardia e 5,9% umbrófilas. A síndrome de dispersão de sementes predominante na área de estudo foi a zoocoria, com 70,3% das espécies amostradas.As famílias commaior riqueza de espécies foram Solanaceae (16 espécies), Asteraceae (14), Piperaceae (10), Melastomataceae (8) e Euphorbiaceae (7), e os gêneros mais ricos foram (12 espécies), Piper (10), Miconia (5) e Piptocarpha e Vernonia, com quatro espécies cada. A composição de espécies encontrada foi provavelmente influenciada pelo corte da vegetação, o tamanho das clareiras e a idade da regeneração. O presente trabalho identificou um conjunto de espécies que poderá ser utilizado em projetos de revegetação na Serra da Cantareira.
Florestas secundárias estão seriamente ameaçadas pela expansão urbana na região metropolitana. Alguns remanescentes são protegidos, principalmente em parques estaduais e municipais, mas a maioria dessas florestas está sob risco de supressão pela contínua expansão de áreas urbanas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a composição florística do componente arbóreo de trecho de floresta, em estágio médio a avançado de regeneração no Parque Estadual da Cantareira, São Paulo (SP). Foram realizadas caminhadas nos traçados antigo e novo da Linha de Transmissão Guarulhos–Anhanguera, num total aproximado de 11 km de extensão. A amostragem foi realizada no período de 2006 a 2010. No levantamento florístico, foram identificadas 179 espécies, pertencentes a 54 famílias e 127 gêneros. As famílias com maior riqueza de espécies foram Fabaceae (19 espécies), Myrtaceae (18), Lauraceae (16) e Rubiaceae (15) e os gêneros mais ricos, Ocotea e Myrcia (6), Eugenia (5) e Maytenus, Mollinedia e Nectandra com quatro espécies cada. Foram registradas dez espécies consideradas ameaçadas de extinção, sendo quatro espécies na lista de São Paulo e seis na lista da IUCN. Uma delas, Mollinedia oligotricha, é considerada presumivelmente extinta. A similaridade florística encontrada com outros remanescentes florestais da Região Metropolitana de São Paulo e arredores variou entre 11% a 38%. Florestas secundárias apresentam uma considerável riqueza de espécies, incluindo espécies ameaçadas de extinção. Foram discutidas as pressões incidentes sobre esses remanescentes florestais, bem como possíveis estratégias para a sua conservação.
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