O método magnetotelúrico (MT) é um método geofísico utilizado para a compreensão das características geológicas superficiais e profundas da Terra, dentre outras aplicações. O MT foi utilizado na faixa de freqüência de 0.01 e 100 Hz, com 15 estações ao longo de um perfil de 172 km entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. As medidas ao longo do perfil são localizadas sobre terrenos Pré-Cambrianos relacionados a Faixa Ribeira. Os dados foram interpretados através de modelos de inversão unidimensionais (1D) e bidimensionais (2D), sendo o modelo 1D utilizado somente para a correção do static shift. O modelo geoelétrico 2D resultante da inversão 2D de subsuperfície apresenta uma boa correlação com a geologia superficial. O condutor crustal observado em várias partes do mundo, inclusive no sudeste do Brasil, também é verificado no perfil em estudo. Entretanto, diferentemente dos condutores crustais observados, apresenta uma variação na profundidade de seu topo que vai aproximadamente de 3 até10 km. Sua parte mais rasa foi observada no extremo oeste do perfil, o qual pode estar associada a uma descontinuidade denominada de Abre Campo.
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