Entre os anos de 2020 e 2022, o mundo foi impactado pela pandemia de COVID-19. Uma condição que demandou um prolongado tempo de isolamento social e, com isso, uma interrupção dos tradicionais formatos de ensino presenciais. Consequentemente, novas modalidades tiveram que ser desenvolvidas para que as instituições de ensino conseguissem manter suas atividades. Neste sentido, esta pesquisa teve como objetivo refletir acerca dos processos de ensino coletivo de violão praticados pela Escola de Música D'alva Stella Nogueira Freire durante o período remoto. Para tanto, foi realizada uma entrevista semiestruturada com um professor da referida instituição, responsável pelas aulas remotas de violão coletivo. Os resultados apontam a relevância de determinadas estratégias de ensino e aprendizado, tais como gravação de vídeos para o estudo prévio dos alunos; adoção do formato masterclass; adesão às plataformas virtuais Google Meet e WhatsApp; bem como oferta de suporte ao aluno pós aula. Este trabalho pode ajudar professores de violão, que atuam tanto no formato remoto e/ou virtual, em aulas coletivas, bem como pode contribuir com a tão desafiante adaptação a essa nova realidade de ensino/aprendizado colocada pela pandemia.

No abstract

Este trabalho apresenta o recorte de uma pesquisa de doutorado cujo objetivo consistiu em investigar as relações existentes entre a Educação Musical Especial e o desenvolvimento da comunicação social em crianças autistas. Dentre os produtos oriundos da referida pesquisa, houve o desenvolvimento de um Protocolo Organizador da Educação Musical Especial (PROEME), constituído de cinco etapas, passível de ser utilizado por educadores musicais que atuam na Educação Musical Especial e/ou Inclusiva. As etapas do protocolo – (1) avaliação do aluno; (2) verificação de pré-requisitos; (3) implantação de rotinas e regras; (4) aproveitamento das potencialidades e dificuldades e (5) promoção de adaptações – foram testadas durante aulas ministradas para crianças autistas, como parte do estudo doutoral em questão. Tais etapas mostraram-se eficientes à organização do planejamento docente, bem como auxiliaram no alcance dos objetivos pedagógicos traçados, com possível aplicabilidade nas demais deficiências, para além do autismo. Munidos de técnicas e métodos, tais como os aqui propostos pelo PROEME, acreditamos que o trabalho do docente frente ao aluno com deficiência pode se tornar mais claro e eficaz, bem como menos ameaçador.