Este artigo se propõe a discutir a problemática ambiental vivida na atual sociedade, trazendo para o debate teórico concepções sobre os modelos de produção agrícola do agronegócio e da agricultura camponesa. Tudo isso, a partir da abordagem do materialismo histórico-dialético, conforme a perspectiva de Marx. Observa-se que, com o advento das políticas neoliberais, o país tem organizado suas economias em torno da industrialização da agricultura, orientada para a exportação, gerando uma série de problemas de ordem socioeconômica e ambiental, cujos impactos são sumamente negativos para a saúde pública, às comunidades tradicionais e, sobretudo, para a soberania alimentar. Nesta perspectiva, analisam-se os desafios da construção da agroecologia, como matriz produtiva para o campo brasileiro, tendo em vista um projeto de sociedade e de desenvolvimento alternativo ao paradigma capitalista.
Neste artigo buscamos investigar a ação pedagógica desenvolvida pelas cooperativas de crédito rural do sistema Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar - ASCOOB, no Território do Sisal, tendo em vista a perspectiva da transformação social e a construção do desenvolvimento camponês. Apesar das contradições identificadas ao longo da pesquisa, é possível afirmar que a criação das cooperativas de crédito solidário no referido território foi fundamental para o acesso ao crédito por parte dos agricultores historicamente excluídos pelo sistema tradicional bancário. Entretanto, com base na perspectiva do materialismo histórico-dialético, não se pode afirmar que o acesso ao crédito, por si só, pode criar as condições necessárias para a transformação social desse território. Observa-se que o cooperativismo de crédito solidário no Território do Sisal avançou, mas dentro do limite das contradições do Estado, estabelecido pela modernização conservadora, vivida pelo país nas últimas décadas. A partir destes pressupostos apontamos os desafios postos à educação dos trabalhadores, na perspectiva de desenvolver projetos com potencial de transformação social.
Este artigo aborda as conquistas da agricultura familiar no Brasil e na Argentina nos últimos dez anos, a partir da experiência vivida pela autora durante intercâmbio realizado na Argentina. Faz-se uma análise dos avanços conquistados em ambos os países, tendo em vista a defesa da soberania alimentar como paradigma de desenvolvimento para o continente latino-americano. As discussões estabelecidas trazem à luz contribuições de teóricos como Fernandes (2015), Stédile e Carvalho (2012), Teubal (2008) e de representantes do movimento campesino MOCASE, bem como impressões feitas das observações e vivências junto a programas governamentais desenvolvidos pelo governo argentino, a exemplo do INTA, e pelas universidades de Santiago del Estero (UNSE) e La Plata (UNLP). Entende-se que a defesa das políticas públicas para a agricultura familiar/camponesa é extremamente necessária à soberania e desenvolvimento do continente latino-americano; uma questão crucial e desafiadora no contexto de retomada das forças conservadoras, no centro dos governos do Brasil pós-impeachment da Presidente Dilma Rousseff e de eleição do presidente Mauricio Macri na Argentina.
This article aims to discuss the policies of teacher education of Basic Education in Brazil, with emphasis on the modality of teaching by Distance Education - Distance Education, reflecting on the teaching offered by private Higher Education Institutions - HEI, and its implications for the training of working-class children in the city and in the countryside. The discussion revolves around the current political conjuncture of the country, bringing to the debate the limits and challenges that government actions, carried out from 2016, represent to public education. The methodology used consists of a literature review. As a reference, we are based on theorists such as: Duarte (2010, 2004), Martins (2010), Saviani (1995, 2009 and 2011), among others, as well as data from the National Literacy Assessment - ANA (2016) and the Union of Maintainers of Higher Education - SEMESP (2015). In the context of societies organized from the capitalist mode of production, teacher education occurs through the development of public policies derived from neoliberal policies, influenced by the demands of the market and its training requirements. All this through meaningless pedagogical practices that can, in fact, favor an education capable of contributing to the overcoming of class society.ResumoEste artigo pretende discutir as políticas de formação de professores da Educação Básica no Brasil, com ênfase à modalidade de ensino por Educação à Distância – EaD, refletindo-se sobre o ensino oferecido pelas Instituições de Ensino Superior privado – IES, e suas implicações para a formação dos filhos da classe trabalhadora da cidade e do campo. A discussão gira em torno da atual conjuntura política do país, trazendo para o debate os limites e desafios que ações governamentais, realizadas a partir do ano de 2016, representam à educação pública. A metodologia utilizada consiste em uma revisão bibliográfica. Como referência, nos baseamos em teóricos como: Duarte (2010, 2004), Martins (2010), Saviani (1995, 2009 e 2011), dentre outros, bem como em dados da Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA (2016) e do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior – SEMESP (2015). Constata-se que, no contexto das sociedades organizadas a partir do modo de produção capitalista, a formação do professor se dá por meio do desenvolvimento das políticas públicas oriundas das políticas neoliberais, influenciadas pelas demandas do mercado e das suas exigências de formação. Tudo isso por meio de práticas pedagógicas esvaziadas de sentido e que possam favorecer, de fato, uma educação capaz de contribuir para a superação da sociedade de classes.Palavras-chave: Formação de professores, EAD, Reformas educacionais. Keywords: Teacher training, EAD, Educational reforms.ReferencesBRASIL, Presidência da República, Ministério da Educação: Secretaria Executiva e Secretaria Executiva Adjunta. Conferência Nacional de Educação 2010 – Conae – Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação – Documento de Referência, Brasília, MEC, 2009.BRASIL. MEC. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Censo da Educação Superior: Sinopse Estatística – 2016. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/superior/censosuperior/sinopse/default.asp Acesso: 05 de abril 2018.BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica. Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)– Edição 2016. Brasília: INEP, 2017. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/docman/outubro-2017-pdf/75181-resultados-ana-2016-pdf/file Acesso: 26 de fev 2017.DUARTE, Newton. Vigotski e o “aprender a aprender” Crítica as aproximações neoliberais e pós-modernas da teoria vigostskiana. 3ª Ed. 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