Este estudo objetivou discutir as Representações Sociais produzidas pelos estudantes a partir do seu ambiente escolar. Para isso, utilizamos o Instrumento Gerador dos Mapas Afetivos com 73 estudantes de uma escola pública de ensino médio da cidade de xxxx. Para a análise dos dados utilizamos como ferramenta o software IRAMUTEQ e a Análise de Conteúdo de Bardin, tendo como base a Teoria das Representações Sociais. Os resultados indicam que as representações construídas pelos estudantes trazem a escola como espaço de sentimentos conflitantes, ora traduzindo um lugar de acolhimento e sociabilidade, e ora revelando um local gerador de sofrimento psíquico através das cobranças reservadas a esses alunos, permeadas ainda pela possibilidade de construção de futuros. Concluímos observando que, embora seja geradora de sentimentos paradoxais, a escola se apresenta como um importante espaço de produção de subjetividades e representações, fruto de criações coletivas e perspectivas individuais que atravessam a juventude nela inserida.
As reflexões neste trabalho pautam sobre as políticas de desproteção, abandono e morte, tendo como referencial teórico autores como Michel Foucault, Giorgio Agamben, Achille Mbembe e Fátima Lima. Com ajuda de Foucault, refletiu-se sobre como as políticas sociais favorecem processos de governo da vida. Com Agamben, percebeu-se como formas de estruturação das relações podem gerar exclusão de jovens e contribuir para um estado de exceção. Com Mbembe e Fátima Lima, compreendeu-se as condições de morte implicadas nas relações de políticas de desinvestimento. A conclusão a que se chega com esse estudo é que o modo que políticas são concebidas e executadas possibilitam um "fazer morrer e deixar morrer" no contexto brasileiro.
PALAVRAS-CHAVE: Juventudes, Biopolítica, Necropolítica, Estado de Exceção
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