O presente trabalho discute e sugere estudos de desenvolvimento de protocolos para atendimento em saúde mental frente à situação de emergência e crise proporcionada pela COVID-19. Há evidências de repercussões na saúde mental e restrições no modo de enfrentamento da pandemia, tendo em vista a situação de isolamento e confinamento prolongadas pela quarentena, sejam entre os suspeitos de contágio, os enfermos pela COVID-19, os familiares ou as equipes de saúde envolvidas na linha de frente do tratamento. Entretanto, há escassez de literatura técnico-científica de protocolos de atendimento para pessoas com necessidade de afastamento social e do trabalho em função da pandemia.
RESUMOUma das formas encontradas pelas empresas com atuação internacional para desenvolver profissionais é por meio da expatriação. Porém, expatriar remete a mudanças significativas e consequentes alterações no modo como as pessoas percebem, interpretam e se comportam no meio em que passam a viver e trabalhar. Devido às mudanças psicossocioculturais e familiares enfrentadas, os expatriados e suas famílias ficam sem contingências para se sentirem seguros. Esses elementos citados impactam na qualidade de vida dessas pessoas, que precisam se adaptar a um novo contexto cultural, econômico, político, psicossocial, e muitas vezes são obrigadas a adiar projetos pessoais, deixar de conviver com a família, modificar suas relações sociais. A necessidade de adaptação na vida pessoal do expatriado gera reflexos na sua vida profissional, afetando suas relações com o trabalho. Este contexto complexo resultou no objetivo principal desta pesquisa, que foi o de caracterizar a percepção de profissionais brasileiros expatriados para a Índia e a China sobre a sua qualidade de vida no trabalho (QVT). A pesquisa foi qualitativa, descritiva com características exploratórias. Procedeu-se a um estudo de caso e os dados foram coletados por meio de entrevistas com dez profissionais brasileiros expatriados para a China e Índia e com a gestora do Departamento de Expatriados, além de análise de documentos da empresa. A análise dos dados foi documental e de conteúdo, feita através da triangulação de dados. Os resultados demonstram que uma expatriação com QVT é a que atende às expectativas pessoais e profissionais do expatriado, além de se preocupar com sua repatriação. A QVT para os expatriados requer mais do que os oito elementos considerados por Walton (1979) como importantes para sua avaliação, requer também considerar a diferença cultural existente entre os países de origem e de destino, além da inclusão do significado do trabalho para o profissional e a sua adaptação cultural.
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