A Região Metropolitana de Belo Horizonte é composta por 34 municípios e apresentou diferentes eixos de crescimento (norte, sul e oeste) ao longo do tempo, sobretudo nos últimos 10 anos. Esse crescimento aconteceu principalmente em 19 municípios, que compõem um conjunto onde se encontra 79.68% da população da RMBH, e onde vivem 4.314.967 habitantes. Contudo, observa-se que a instalação de infraestrutura, sobretudo a de esgotamento sanitário, não acompanhou o crescimento populacional. O artigo tem como objetivo identiï¬car as áreas prioritárias para investimento em esgotamento sanitário na zona conurbada da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) - MG, Brasil. A metodologia é composta pela monitoria temporal da mancha conurbada de RMBH, que identiï¬ca as áreas onde aconteceu o espraiamento da mancha urbana, seguida do cruzamento desta mancha com a análise dos domicílios atendidos por esgotamento sanitário. Como resultado são apresentados o mapa e a análise dos investimentos em esgotamento sanitário correspondente ao período de 2000 a 2010. O cruzamento dos mapas de investimento em esgotamento sanitário com o de crescimento da mancha urbana revela que foi pequeno o investimento em infraestrutura de esgotamento sanitário nas áreas onde houve crescimento da mancha urbana. Observa-se que a maior parte dos investimentos, com incremento da infraestrutura, aconteceu nas áreas de ocupação já existente, mas que ainda eram frágeis quanto à oferta do serviço. A análise ï¬nal demonstra que já existiam áreas ocupadas com carência de esgotamento sanitário, e os recursos foram destinados a elas, mas as novas áreas de manchas urbanas, resultantes de espraiamento da ocupação, foram negligenciadas no atendimento pela infraestrutura. No cômpito geral, observa-se ainda muita fragilidade nos serviços de infraestrutura de esgotamento sanitário, e indica-se esta variável como importante forma de mensuração de desenvolvimento social para a realidade brasileira.
Com a abertura dada pelo Estatuto da Cidade para o retorno do planejamento em macroescala através das regiões metropolitanas, surge um novo cenário: a imposição de planos diretores regionais e metropolitanos, aonde os municípios integrantes destas regionalizações deverão adequar seus planos diretores municipais ás propostas do plano metropolitano. Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo, através de dados cartográficos e alfanuméricos e softwares gratuitos propor um estudo de caracterização socioambiental e econômico para que os municípios, uma vez conhecedores da realidade em seus territórios tenham maior poder de negociação e autonomia diante ao Plano diretor metropolitano. Apresenta como resultado quatro mapas de caracterização municipal, a saber: Conforto Domiciliar, Fragilidade Social, Potencial de Expansão Urbana e Eixo de expansão Urbana. Juntos estes auxiliam na compreensão da dinâmica territorial e no processo de tomada de decisão.
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