O abscesso cerebral é uma lesão expansiva e possui a maior parte das suas manifestações derivadas desse efeito de massa sobre o parênquima encefálico. Essa apresentação geralmente é constituída pela tríade: cefaleia, febre e déficits neurológicos focais, porém, as literaturas atuais instituem que essa relação tem maior especificidade do que sensibilidade, visto que a maior parte dos pacientes não apresenta a tríade ao diagnóstico. Nesse direcionamento, é visto que a alteração do estado mental é de maior coerência ao efeito expansivo da lesão, sendo considerada uma associação de maior representatividade do abscesso cerebral. Nessa medida, são realizadas técnicas de neuroimagem em pacientes que apresentam quadros infecciosos agudos ou crônicos originados das possíveis fontes de contaminação, associados a uma sintomatologia com convulsões, déficits neurológicos focais ou sinais de aumento da pressão intracraniana. Dessa forma, o diagnóstico neurorradiológico distingue a lesão que se apresenta como uma hipodensidade na TC, hipointensidade na RMT1 e hiperintensidade na RMT2 e FLAIR, associada com uma borda de realce, característica do abscesso cerebral e importante no diagnóstico diferencial.
O transplante renal é tipo mais frequente de transplante de órgãos no Brasil, possui processo complexo, envolvendo aspectos éticos, imunológicos somados a condições específicas do doador e do receptor, e que podem acarretar problemas pós-operatórios, incluindo a hipertensão arterial. A HAS desenvolvida pós-transplante renal se correlaciona com desfechos cardiovasculares e renais negativos, cursando com deficiência de função renal, diminuição da sobrevida do enxerto e maior mortalidade por essas causas. A proposta consiste em uma revisão integrativa de literatura sobre a gênese da hipertensão arterial sistêmica em pacientes após realização de transplante renal, composto por artigos originais, publicados no período de 2012 a 2022, em periódicos revisados por pares, nos idiomas português, inglês e espanhol, e que permitam acesso integral ao conteúdo. Foi visto que a gênese da HAS em pacientes transplantados renais pode ser relacionada a fatores como produção de substâncias vasopressoras mantenedoras do SRAA, uso de imunossupressores como glicocorticoides e INC, além de estenose ou trombose da artéria do enxerto renal, associada ou não a fístula arteriovenosa e presença de proteinúria após o procedimento de transplante, bem como a predisposição genética como fator estimulante, especialmente mutações genéticas do tipo APOL1 e CAV-1, sejam do doador ou do receptor. Concluiu-se que a hipertensão arterial sistêmica em transplantados renais tem gênese multifatorial e pode prejudicar de forma sistemática a função fisiológica normal do órgão, bem como a perda do enxerto e diminuição da expectativa de vida desses pacientes.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.