Este artigo mostra que não há uma tese de subdeterminação de teorias científicas pelos indícios observacionais, mas várias. Identificamos quatro, com significados, plausibilidades e implicações distintos. Mostra-se que as mais fortes não passam de conjeturas, e que as mais fracas são mais plausíveis, mas não possuem implicações filosóficas robustas – em particular, não implicam o antirrealismo científico –, embora forneçam indícios de alternativas teóricas sistematicamente ignoradas na ciência, bem como do emprego de critérios em parte valorativos de escolha de teorias.
Tradução do artigo: "Relativismo e Absolutismo", de W.V.O. Quine (1984), originalmente publicado em inglês como “Relativism and Absolutism”, The Monist, vol. 67, n. 3, pp. 293-296, JSTOR. Disponível em https://www.jstor.org/stable/27902865.
O naturalismo sustenta que não há acesso mais elevado à verdade do que por meio de hipóteses empiricamente testáveis. No entanto, não repudia hipóteses intestáveis. Elas preenchem os interstícios de teorias e conduzem a novas hipóteses que são testáveis.Uma hipótese é testada deduzindo-se, dela e da base [background] de uma teoria aceita, algum categórico observacional que não se segue da base apenas. Esse categórico, um enunciado condicional generalizado composto de duas frases observacionais, admite, por sua vez, um teste experimental primitivo.As frases observacionais elas mesmas, tais como gritos de símios e cantos de pássaros, estão em associação holofrástica com gamas de recepções neurais. A denotação de objetos determinados não figura nem nessa associação nem na dedução do categórico a partir de hipóteses científicas. Consequentemente, a indeterminação da referência; a ontologia é puramente auxiliar à estrutura da teoria. A verdade, no entanto, é vista ainda como transcendente ao menos no seguinte sentido: dizemos de uma teoria científica superada, não que deixou de ser verdadeira, mas que foi descoberta ter sido falsa.
Up until the early 1970s, Quine argued that the underdetermination of theories by observations is a reason for the indeterminacy of translation. This is the so-called argument "from above," which is still today often thought of as Quine's main reason for the thesis. His 1975 analysis of underdetermination, however, rendered that argument invalid. This paper explains why.
Uma suposição comum sobre a tese da indeterminação da tradução holofrástica de Quine é que sua principal razão é a sua tese da subdeterminação de teorias pelas observações. Quine de fato empregou esse argumento. No entanto, sua formulação madura da tese da subdeterminação tornou o argumento inválido, o que o levou a abandoná-lo. Este artigo explica essa mudança no pensamento de Quine e indica as suas razões maduras para indeterminação da tradução holofrástica.
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