O cuidar se constitui como um dos exercícios mais antigos e fundamentais para a existência do ser humano. Assim, as práticas de cuidado podem ser compreendidas como uma necessidade e recurso do ser humano que perpassa as esferas biológicas, psicológicas, espirituais, antropológicas, socioculturais e ecológicas auxiliando assim na promoção, proteção, recuperação, e desenvolvimento diante da criação de novas configurações de relações nos cenários de agravos à saúde. Sendo um fenômeno complexo e abarcando produções individuais e coletivas o cuidado pode ser uma prática de caráter formal/profissional e informal/popular. Logo, cuidar de outra pessoa é um processo de troca de experiências, muitas vezes dolorosas, onde o cuidador entra em contato direto com o modo de ser, de viver do outro e de estar no mundo de uma pessoa, convivendo quase que diariamente com os medos, angustias e sofrimentos físicos e não físicos dessa pessoa. O convívio quase que diário com o sofrimento do outro implica em se relacionar com quem sofre, identificar-se e sentir-se parte do processo de adoecimento. Destaca-se nesse ponto que é impossível conviver com o sofrimento do outro e sair sem nenhum impacto/produção físico e/ou subjetivo, visto que a experiência de cuidar envolve a pessoa que é cuidada e quem cuida. Diante da problemática apresentada o estudo teve como objetivo compreender os processos subjetivos individuais e sociais na perspectiva de quem cuida. A construção das informações se deu através do método construtivo-interpretativo assentado na Epistemologia Qualitativa proposto por González Rey que considera como elementos centrais: o conhecimento como produção humana, a legitimação do singular e o processo de dialogicidade. Participou do estudo uma mulher de 45 anos, casada, com filhos e cuidadora do companheiro diagnosticado com esquizofrenia e o instrumento utilizado foi a dinâmica conversacional, por viabilizar o processo comunicacional. A guisa de conclusões possibilitou a compreensão de que o exercício do cuidado ainda é um processo quase que exclusivamente feminino, doravante, o atual cenário histórico-cultural tem atribuído à mulher novas funções na sociedade, sendo possível pensar o feminino ocupando cargos para além dos domésticos. No entanto, o cuidado vem como ponto conflituoso nesse, visto que exige da mulher em determinadas situações a (re)dedicação exclusiva ao ambiente doméstico ou ocupar outras funções e também, cuidar, o que pode acarretar sobrecarga e potencializa a viabilidade de adoecimentos somáticos e psicológicos em cuidadoras
DedicatóriaDedico este trabalho a três pessoas de fundamental importância para a minha existência. Aos meus avós Cascimiro Lopes e Florência de Araújo (in memorian) pelo afeto, cuidado e amor. A minha mãe, Valdeci Araújo pelo exemplo de força, lisura, coragem e perseverança. Obrigado mãe por acreditar em mim e por tanto se sacrificar por mim e pela nossa família! v AgradecimentosHoje compreendo com clareza que um trabalho acadêmico é construído por diversas mãos. Fazendo com que esta parte do trabalho deixasse de ser opcional e se tornasse obrigatória para a escrita e entrega deste trabalho. Aqui quero agradecer a todos (as) que contribuíram para a construção desse trabalho. Sem vocês a minha caminhada seria quase impossível! Não vejo outro modo de dar início a essa seção sem agradecer a minha orientadora, Dra.Daniela Borges. Obrigado pelo exemplo de ética profissional e humana, pela serenidade, empenho e esmero presentes no desenrolar da nossa pesquisa, pelas discussões e reflexões acerca da Psicologia e de suas áreas e pelo incentivo constante.Sou grato à dona Divina Helena e sua família pelo apoio, carinho, disponibilidade em me ajudar e presença constante em minha vida.A todos os meus professores, em especial à professora Dra. Marina Kohlsdorf pelas conversas produtivas e colaborações sobre os desafios e contribuições das pesquisas em Psicologia com profissionais e estudantes nas áreas de saúde. Agradeço a toda à Assessoria de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro Universitáriode Brasília -UniCEUB pelo suporte institucional e instrumentalização para a realização desse estudo, em especial a professora Fernanda Vinhais de Lima, Clara Coelho e Olívia Laquis.A Telma Reis pelas discussões sobre as metodologias em pesquisas humanas e sociais, pelo carinho e suporte nas horas de desanimo e dúvida, à Valquíria Aguiar por cuidar, acolher e tornar minhas tardes mais leves e descontraídas, Gabriella Lima pelo companheirismo e parceria e, Demerval Bruzzi pelas conversas, conselhos e ensinamentos. O apoio de vocês foi essencial! Aos "Oszamigus" meu muito obrigado! Abigail Rodrigues, Bruna de Jesus, Camila
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