A interação homem-animal ocorre há muitos anos e devido a isso, há o aumento contínuo na população de animais. Atualmente, há pouco espaço e tempo disponibilizado devido à rotina dos tutores, logo a espécie felina tende a se adaptar mais facilmente, a esse ambiente. Entretanto, se não houver recursos ambientais onde o animal possa expressar seu comportamento natural, haverá o surgimento de alterações comportamentais. O objetivo deste estudo foi identificar e relatar as alterações comportamentais nos felinos domésticos. Foi elaborado um questionário online contendo 31 questões objetivas. As repostas foram anônimas e consideravam os dados gerais dos tutores e felinos, a forma de distribuição do ambiente e questões relacionadas a alterações comportamentais. Foi demonstrado, que os fatores relacionados à falta de manejo como, o baixo período disponibilizado para a interação tutor-animal, baixa frequência de troca de brinquedos e número e o elevado número de animais por residência podem estar relacionados ao aparecimento de alterações consideradas indesejáveis pelos tutores. Dessa forma, conclui-se que na população estudada houve uma maior frequência de destruição de objetos com arranhadura e eliminação inapropriada. Assim é de grande importância orientar os tutores sobre as características etológicas da espécie, com o intuito de proporcionar qualidade de vida e bem-estar aos felinos e aos tutores.
A anestesia intravenosa é amplamente emprega em cães e a adição de adjuvantes complementa a analgesia e reduz doses de propofol empregadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação da dexmedetomidina ao propofol na anestesia intravenosa em cães. Foram selecionadas 15 cadelas, adultas, hígidas, pesando 13,8 ±4,7 kg. Após pré-medicação com acepromazina e metadona, foram distribuídas nos grupos GDEX (n = 8) em que foi administrada dexmedetomidina (2 µg/kg em bolus + 1 µg/kg/h IV) ou controle GC (n = 7), com salina no mesmo volume, para então administrar propofol em ambos grupos. Os animais foram mantidos com propofol ajustando-se a taxa ao plano anestésico e suplementados com oxigênio à 100%. Foram avaliados: escala de indução, eletrocardiograma, frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica com doppler, pressão de gás carbônico expirado e saturação de oxigênio periférico. Quando necessário foi administrado fentanil (2,5 µg/kg IV). Ao final, foram contabilizados a taxa de propofol, consumo de fentanil, tempo cirúrgico, extubação, alta anestésica e escore de sangramento. Houve redução média de 46% de na frequência cardíaca após administração de dexmedetomidina. Ao mesmo tempo que após indução a pressão arterial sistólica foi de 125 ±26 mmHg no GC comparada 148 ±42 mmHg em GDEX. Houve também, redução de 73% no consumo de fentanil e 29% na taxa de propofol. Ainda, o escore visual de sangramento foi maior no GDEX. Conclui- se que a associação da dexmedetomidina ao protocolo diminuiu a taxa de propofol e melhorou a analgesia transoperatória de cadelas submetidas à castração.
A dexmedetomidina é um fármaco amplamente utilizado na veterinária pelos seus efeitos analgésicos, sedativos e relaxante muscular, podendo ser administrada por via intravenosa em infusão contínua com ou sem bolus inicial, porém existem alterações cardiovasculares e respiratórias que devem ser consideradas. O objetivo desta revisão foi analisar os efeitos cardiovasculares e respiratórios de cães sob infusão contínua de dexmedetomidina. Para seleção dos estudos foram escolhidos os termos cães, dexmedetomidina e infusão contínua, inseridos nas plataformas Pubmed e Embase. Após a pesquisa foram incluídos 11 artigos por meio de critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos e a partir destes foi realizada a meta-análise. Os artigos selecionados utilizaram dexmedetomidina em doses variando de 0,1-4,5 µg/kg e diferentes associações. A redução de anestésicos gerais com a administração de dexmedetomidina isolada foi de 11% a 69% e quando associada com outros fármacos, reduziu o anestésico geral em 86%. Sobre o sistema cardiovascular, a dexmedetomidina aumentou a pressão arterial média e diminuiu a frequência cardíaca de maneira dose dependente (P < 0,00). Houve também diminuição do débito e índice cardíaco (P < 0,00). Sobre os parâmetros respiratórios, não houveram diferenças significativas na frequência respiratória, gás carbônico e oxigênio do sangue arterial. Conclui-se que a dexmedetomidina diminui o consumo de anestésicos gerais, aumenta a pressão arterial média e diminui a frequência cardíaca de maneira dose dependente, além de também diminuir o débito e índice cardíaco, sem alterar significativamente a função respiratória.
Animais acometidos por Dioctophyme renale geralmente são assintomáticos e o diagnóstico definitivo é o exame de imagem e o anatomopatológico. Desta forma, este estudo tem como objetivo descrever os parâmetros bioquímicos de sangue e urina e exames anatomopatológicos de 15 cães diagnosticados com D. renale na região de Pelotas-Rio Grande do Sul-RS. Foram obtidos dados de anamnese e exames laboratoriais sorológicos e urinários de protocolos de atendimento de animais no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas-UFPel, e análises anatomopatológicas pelo Serviço de oncologia SOVET/UFPEL. Foram observadas alterações macroscópicas em todas as amostras, sendo a atrofia do parênquima renal e espessamento da cápsula as mais frequentes. O exame histopatológico revelou substituição do tecido renal por fibrose, glomeruloesclerose e eventualmente presença de ovos do parasito. Em relação aos parâmetros sanguíneos e urinários, apenas um dos animais apresentou alteração nos valores de referência de ureia sérica e todos apresentaram creatinina dentro dos parâmetros considerados normais. Na urinálise havia presença de proteínas, sangue oculto, cilindros granulares, cristais e ovos do parasito. Os testes estatísticos mostraram correlação entre a evolução e grau das lesões renais com parâmetros alterados, porém mesmo em cães que apresentavam lesões de insuficiência renal aguda (IRA), haviam lesões concomitantes de insuficiência renal crônica (IRC). Como conclusão dos dados obtidos, parâmetros séricos e urinários isoladamente não refletem o real comprometimento do rim afetado, mas associados ao grau de lesão renal são aliados para um melhor estadiamento dos animais acometidos.
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