O artigo apresenta um estudo preliminar sobre o processo de migração de trabalhadores para atividades agrícolas da região dos “Vales” e norte de Minas Gerais, durante o período de pandemia. Foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica e de informações obtidas no  Relatório para a Comissão Pastoral da Terra sobre o tema, que apresenta dados sobre a migração trabalhadores da região em tela, no período de abril a maio de 2020. Foi possível perceber que, como resultado do modelo de desenvolvimento agrícola construído ao longo dos últimos cinquenta anos, forja-se um contínuo processo de migração temporária para cadeias do agronegócio, que permanece mesmo durante a pandemia, revelando que esses trabalhadores permanecem (in)visibilizados pelas relações capitalistas, com quase nenhuma política de proteção social e/ou trabalhista.