A mama é composta por tecido adiposo, tecido fibroso de sustentação e tecido glandular associados a vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Um fator de risco para o surgimento do câncer de mama é o aumento na densidade mamográfica no tecido mamário, a densidade mamográfica corresponde à quantidade de tecido fibroglandular nas mamas, apresentando-se como um tecido radiopaco, e possui quatro classificações, segundo o Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS). Mulheres com mamas densas apresentam um risco de quatro a seis vezes maior de desenvolver carcinogênese. O carcinoma de mama pode ser dividido conforme sua localização em in situ ou infiltrativo e a mamografia é o exame mais comum na detecção de câncer de mama. Esta revisão tem o objetivo de investigar os fatores que modulam a densidade mamográfica, e como esses fatores se relacionam com o aumento de mamas densas. A pesquisa bibliográfica foi realizada pelo PubMed - NCBI num período de nove anos em inglês, utilizando como palavras-chaves “densidade mamográfica”, “câncer de mama” e “ mamografia”. Alguns fatores podem influenciar na densidade mamográfica como por exemplo herdabilidade, raça e etnia, dieta, terapias de reposição hormonal, ingestão de álcool, estilo de vida, fatores reprodutivos e hormonais - como menopausa, paridade, idade ao primeiro nascimento e idade da menarca - tamanho corporal, microcalcificações e faixa etária. O câncer de mama também é menos incidente em mulheres afro-americanas e indígenas, isso pode ser explicado pelos hábitos de vida dessa população, por exemplo: primeira gravidez mais cedo, multiparidade, amamentação prolongada e ausência de terapias hormonais. Fatores considerados de variável categórica e contínua, como ingestão de álcool, tabagismo e atividade física ainda não estão bem estabelecidas suas relações com o aumento ou diminuição da densidade mamográfica, o que requer mais estudos para chegar a resultados conclusivos. A mamografia ainda é a forma mais comum do rastreamento de câncer de mama, porém sua sensibilidade é menor quando se trata de mamas densas, por conta disso estão sendo utilizados e desenvolvidos novos métodos de diagnóstico por imagem como: ressonância magnética, ultrassonografia, tomossíntese digital da mama e a ultrassonografia automatizada das mamas (ABUS). Essa revisão literária traz estudos detalhados que visam compreender os fatores que levam ao aumento da densidade mamográfica, permitindo o melhor diagnóstico e mapeamento de grupos de risco, o que possibilita amenizar as consequências dessas modificações, a fim de fornecer medidas preventivas contra o câncer de mama.