Sob o ponto de vista das solicitações de interesse nos projetos de engenharia, é imprescindível compreender a diversidade das características e do comportamento dos solos, já que eles são utilizados como um instrumento de suporte. Face a esse panorama, o presente estudo tem como propósito complementar uma base de dados do município de Cruz Alta no Rio Grande do Sul. Por consequência, foram realizados ensaios de campo e laboratório com a finalidade de avaliar a variação comportamental do solo não saturado com possível vulnerabilidade ao colapso. No campo foram realizadas três sondagens do tipo SPT e a coleta de amostras indeformadas e deformadas. Em Laboratório foram realizados ensaios de caracterização física, mecânica e de resistência. As propriedades de resistência ao cisalhamento e colapsibilidade foram avaliadas por intermédio de ensaios de cisalhamento direto convencionais. O resultado da pesquisa revelou que o solo apresenta susceptibilidade ao colapso, o que pode justificar diversas patologias observadas em construções no município.

Conhecer a história geológica e o padrão comportamental litológico permite a identificação das potencialidades de uso do material rochoso, melhorando a investigação e otimizando resultados. Tendo em vista a representatividade das rochas do RS e sua importância no contexto geológico regional, este trabalho visa avaliar o padrão comportamental de rochas ígneas vulcânicas ácidas e básicas da província geomorfológica Planalto Meridional, oriundas da Formação Serra Geral, frente aos principais ensaios de caracterização, para previsão de desempenho e identificação de características que necessitam maior controle tecnológico. Compilou-se dados laboratoriais de Fiorentini (2002), Pinheiro (2009), Paiva (2017) e Back (2018) avaliando as seguintes propriedades/características: absorção, densidade, teor de sílica, desempenho mecânico, alterabilidade, índice de forma e lamelaridade. Os resultados sugerem que: ao comparar o desempenho mecânico das rochas vulcânicas mediante acidez, não se verifica distinção, evidenciando que o desempenho mecânico não está associado às características de acidez/densidade, mas sim à granulação mineral; a alterabilidade está mais associada ao grau de alteração de seus minerais do que características de porosidade; quanto menor a dimensão do agregado, maior deverá ser o controle tecnológico de forma e absorção; para rochas vulcânicas básicas, deve-se manter controle tecnológico de alterabilidade pela ocorrência de vidros vulcânicos e ações hidrotermais.