A Inga laurina Willd, pertence à família Fabaceae, utilizada popularmente contra infecções fúngicas, já foram isolados vários compostos flavônicos de todas as suas partes, porém são poucos os estudos que avaliam as propriedades farmacocinéticas, toxicológicas e suas atividades biológicas destas, devido isso, esse artigo tem como objetivo avaliar tais propriedades de compostos flavônicos isolados das folhas de Inga laurina. Foi utilizado o software ChemSketch, as bases de dados PreADMET, PASS online e Mcule. Os resultados demonstraram que a Galocatequina-(4α-8)-4-O-metilgalocatequina, Galocatequina-(2®0®7,4®8)-4-O-metil-galocatequina, Galocatequina-3-O-galoil-2-O-7,4®8)-4-O-metilgalocatequina, Miricetina-O-(O-galoil)-hexosideo, Miricetina-3-O-galactosideo, Miricetina-galoil-ramnosideo, Quercetina-3-O-(2-galoil)-ramnososideo, Miricetina-3-O-acetil-ramnosideo, Miricetina-3-O-ramnose-3-O-ramnosideo, (Epi)galocatequina-3-O-(3,5-O-dimetil)-galato, e 4-metil-(epi)galocatequina-3-O-)-galato, nenhuma destas substâncias atendeu as regras de Lipinski, apresentaram uma forte hidrofilicidade, que pode ocorrer devido altos graus de aceptores e baixo grau de doadores de hidrogênio, todos apresentam área de superfície polar maior que 140 A² e baixo logP, isso ainda está correlacionado com a baixa absorção intestinal e baixa permeabilidade para células Caco2 e MDCK, que corroboram a sua baixa biodisponilidade oral. Os compostos apresentaram uma maior toxicidade em organismos mais complexos (peixes Medaka e Minnow), porém em organismos mais simples não apresentaram toxicidade (algas e Daphnia). Todas as substâncias possuem uma forte atividade antioxidante, são sequestradores de radicais livres, quimiopreventivos, anticarcinogênicos e antineoplásica, esta atividade pode estar correlacionada com a redução das espécies reativas de oxigênio, impedindo que estas causem danos ao DNA e consequentemente, a carcinogênese. As substâncias parecem ser promissoras para a atividade anticâncer, sendo necessários estudos para elucidar o mecanismo de ação destas substâncias.
Este trabalho relata os resultados obtidos no estudo in silico para a predição de atividade biológicas de diterpenos presentes em P. pilosa, relacionando estes resultados as alegações de uso, aspectos farmacocinéticos e toxicológicos. Vários programas foram utilizados para a predição das atividades biológicas, toxicidade, farmacocinética e propriedades físico químicas. Os estudos de predição sugerem que atividade cicatrizante foi relacionada a friedelina, porém este composto parece ser tóxico, possui elevada lipossolubilidade e inibi a CYP. A atividade anti-inflamatória sistêmica foi relacionada a pilosanona A e pilosanol A, ao se analisar os aspectos tóxicos, farmacocinéticos e físico-químicos, pode-se sugerir que o pilosanol A seja mais promissor. A pilosonona B parece ter um efeito anti-durético, contrário a alegação de uso. Os estudos in silico sugerem o potencial antineoplásico de pilosononas A e B, pilosanol A e B, relaciona os efeitos adversos a imunotoxicidade, sendo que todos os compostos avaliados parecem ligar aos receptores de androgênio, pilosanona A e B e o portulide podem interferir na via das prostaglandinas e na clivagem oxidativa de alquilaminas em aldeídos e amônia. O presente estudo corroborou com as alegações de uso cicatrizante e anti-inflamatório de P. pilosa e sugeri que os compostos fiedelina, pilosanona A e pilosanol A estejam envolvidos nestas atividades.
O presente trabalho fez uma análise de estudos farmacológicos de Morinda citrifolia L. e o papel do estresse oxidativo. A pesquisa foi realizada no Portal de Periódicos da Capes e PubMed. Inicialmente, foram lidos os títulos, resumos e excluídos os que não tinham relação com o tema e em duplicidade. Após esse processo, os trabalhos foram lidos na íntegra e realizada a extração das informações. Foram encontrados no total 517 artigos, após a leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 39 artigos e ao final incluídos 28. Em relação às atividades avaliadas, 9 artigos avaliaram a atividade antioxidante e anti-inflamatória; 5 antitumoral e citotoxicidade; 3 antimicrobianos; 3 antileishmania; e 8 artigos que pesquisaram sobre diferentes atividades. De acordo com os estudos analisados esta espécie possui potencial anti-inflamatório, hipotensor, prevenção de pancreatite, hepatoprotetor e citoprotetor, e tais atividades parecem estar relacionadas a presença de metabólitos com atividade antioxidantes. A atividade antitumoral pode estar relacionada à atividade oxidante das antraquinonas. A participação do estresse oxidativo no efeito hipoglicemiante e antiobesidade da espécie ainda precisa ser melhor investigada. Em síntese, a maioria das atividades biológicas atribuídas a M. citrifolia pode ser relacionada a presença de compostos com potencial antioxidante.
A Bauhinia variegata Linn pertence à família Fabaceae e é utilizada popularmente como hipoglicemiante. Estudos fitoquímicos isolaram flavonoides, terpenos, esteroides e derivados do naftaleno, e por essa razão, este artigo objetiva descrever os resultados de farmacocinética, toxicidade e atividades biológicas obtidos em estudos in silico das moléculas isoladas para B. variegata. As bases de dados online para coleta dos dados foram: PreADMET e PASS online. Para o desenho das estruturas químicas e caracterização físico-química: MarvinSketch, Mcule property calculator e Chemicalize. Os resultados sugeriram que o Caempferol, 2'-hidroxi-4',6'- dimetoxi-3,4-metilenodioxichalcona, Campferol3-O-α-L-ramnosídeo, (2S)-5,7-dimetóxi-3’,4’-metilenodioxiflavanona e 5,6-dihidro-1,7-dihidroxi-3,4-dimetóxi-2-metildibenz[b,f]oxepina apresentaram melhor padrão farmacocinético, devido as características físico-químicas serem alinhadas com Lipinsk, entretanto, todos os compostos apresentaram inibição sobre o citocromo P450 (CYP). O Lupeol foi o mais favorável enquanto antineoplásico; o β-Sitosterol e o Heptatricontan-12, 13-diol capacidade antiviral; os flavonoides (Campferol3-O-α-L-ramnosídeo e 2'-hidroxi-4',6'- dimetoxi-3,4-metilenodioxichalcona) e o Lupeol atividade antiparasitária; o Campferol3-O-α-L-ramnosídeo e o Lupeol potencial anti-inflamatório. A ação hipoglicemiante não foi encontrada, mas a via de liberação do hormônio pode ser outra. Os compostos obtiveram resultados tóxicos nos diferentes níveis tróficos e em relação à avaliação da carcinogenicidade e mutagenicidade. Com base nestes aspectos, o Campferol3-O-α-L-ramnosídeo e o Lupeol parecem ser as moléculas mais promissoras em atividades biológicas, podendo atuar como antimaláricos, com modificações necessárias na sua estrutura para a diminuição dos seus efeitos tóxicos, bem como apresentando aspectos farmacocinéticos aceitáveis caso sejam candidatos à fármacos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.