R. M. Goncalves acknowledges the financial support of project Universal/CNPq14/2012 number: 482224/2012-6; the Coastal Cartographic Laboratory (LACCOST) at Federal University of Pernambuco (Brazil); the Department of Cartographic Engineering (UFPE); the Department of Spatial Sciences (Curtin University), also the support of Post-Doctoral CNPq scholarship (233170/2013-8) that supports his stay at Curtin University, Australia and the support of CNPq Grant 310412/2015-3/PQ and also 310452/2018-0 level 2. R.M. Goncalves and J.L. Awange are also grateful for the Brazilian Science without Borders Program/CAPES Grant 88881.068057/2014-01, which supported J.L. Awange's stay at the UFPE, Brazil. In addition, J.L. Awange would like to thank the financial support of the Alexander von Humboldt Foundation that supported his time at Karlsruhe Institute
A zona costeira do Brasil tem passado por mudanças geomorfológicas em função dos processos hidrodinâmicos, que aliados às mudanças climáticas e antrópicas podem causar problemas de erosão. O objetivo principal do presente estudo foi classificar a vulnerabilidade à erosão costeira do litoral do estado do Piauí, Brasil, considerando três intensidades: alta, média ou baixa. A metodologia consistiu no cálculo IVC (índice de vulnerabilidade costeira) através de uma fórmula analítica obtida pela média aritmética de três grupos de variáveis (indicadores de vulnerabilidade), sendo elas: mapeamento de variáveis in loco, variação da linha de costa e cálculo do NDVI (Normalized Difference Vegetation Index). O litoral do Piauí, que possui uma extensão total de 66 km foi dividido em quatro setores. Entre os resultados, o indicador mais observado in loco foram as obras de proteção costeira não estruturais e a destruição de estruturas artificiais. No que se refere ao NDVI, o setor I obteve uma classificação baixa, indicando uma menor presença de vegetação ao longo de 10 anos. Para a variável linha de costa, o setor II apresentou a maior taxa de progradação, com 65,3%, principalmente na praia das Eólicas; o setor III mostrou as maiores taxas de recuo, com erosão de 48%, acentuada na praia de Macapá; no setor IV foi identificado a maior estabilidade da linha de costa com 37%. Considerando os resultados do IVC, destaca-se que a vulnerabilidade à erosão no litoral piauiense foi considerada baixa, em 30,6% da extensão costeira, principalmente no setor I; média em 33,45% e alta em 31,44%, localizadas principalmente no setor III. Através dos resultados apresentados, esse estudo pode ser utilizado para aprimorar os planos de gerenciamento costeiro integrado.
Pesquisa realizada no Seridó da Paraíba e do Rio Grande do Norte analisou o fenômeno da desertificação a partir do levantamento de indicadores socioeconômicos, ambientais e institucionais, organizados em força motriz, pressão, estado, impacto e resposta. O objetivo da presente pesquisa foi aprofundar a discussão sobre a relação entre os indicadores de força motriz e o meio ambiente. Os indicadores selecionados foram concentração de terras (área dos estabelecimentos rurais menores que o módulo fiscal e sob regime de não propriedade) e desigualdades no campo (população rural abaixo da linha de pobreza e analfabetismo), os quais representam causas estruturais ou indiretas da desertificação. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica e sistematização de dados referentes à estrutura fundiária, à escolaridade e à renda de 32 municípios do Núcleo Seridó do Rio Grande do Norte e da Paraíba. O Seridó do Rio Grande do Norte possui maior número de grandes propriedades e predomínio de imóveis com assentados sem titulação definitiva, arrendatários e produtores sem área. O analfabetismo no campo é maior nos municípios do Seridó Ocidental potiguar e Oriental paraibano. No Seridó paraibano predominam minifúndios e maior população rural abaixo da linha da pobreza. Em sua porção oriental predominam parceiros e ocupantes e na ocidental, arrendatários e ocupantes. A relação entre os indicadores estudados com o meio ambiente é variável e, portanto, dependente de dinâmicas locais.
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