Objetiva-se analisar a articulação das ações de saúde mental entre as equipes da Estratégia Saúde da Família e do Centro de Atenção Psicossocial pelo processo de matriciamento com ênfase na integralidade do cuidado e resolubilidade assistencial. Participaram 32 usuários e 22 familiares atendidos no matriciamento em saúde mental, 46 profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família e 15 dos Centros de Atenção Psicossocial de dois municípios do Estado do Ceará. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa pautado na hermenêutica crítica. Conforme os resultados, a integração das ações de saúde mental na Atenção Primária em Saúde estabelece inovação das abordagens psicossociais pela assistência compartilhada entre equipe, familiares e usuários. As atividades do matriciamento em saúde mental disponibilizam ampliação de acesso e diversificação da atenção à saúde direcionada para a integralidade. A resolubilidade assistencial delimita-se pelo reconhecimento das condições sociais da demanda pelas equipes e na superação de práticas medicamentalizadas de saúde.
Letramento funcional em saúde (LFS) é o grau pelo qual os indivíduos têm a capacidade para obter, processar e entender informações básicas e serviços necessários para a tomada de decisões adequadas em saúde. O tema preocupa pesquisadores/profissionais da saúde/formuladores de políticas públicas. Sua natureza interdisciplinar, relacional e interacional indica que o LFS sofre a influência dos sistemas de saúde/educacional, mídia, família, ambiente de trabalho/comunidade/decisão política. Analisam-se conceitos de LFS versus interação usuários-profissionais-sistema de saúde, norteando-se pelas questões: Em que consiste o LFS? Em que medida interfere na comunicação entre usuários, profissionais e sistema de saúde? Quais são suas consequências na saúde pública? Medidas para elevação do LFS devem melhorar as competências individuais e serviços de saúde humanizados, aperfeiçoando suas comunicações, escritas/orais, satisfazendo as necessidades/habilidades dos usuários.
The prevalence of non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) is rising, an increase that may be associated with changes in lifestyle such as unhealthy dietary patterns. Although advanced age is a risk factor for NAFLD, no studies reporting this association in the elderly population were found. In the present study, the association between dietary patterns and NAFLD in the elderly was assessed. A study including 229 older adults was conducted. NAFLD diagnosis was defined as individuals whose ultrasound examination disclosed hepatic steatosis at any stage, in the absence of excess intake of alcoholic beverages. Dietary patterns were obtained by principal components analysis. Mean scores and standard errors of each dietary pattern were calculated for the groups with and without NAFLD, and mean scores of the two groups were compared using the Mann-Whitney U test. The prevalence ratios and 95 % CI were estimated for each tertile of the dietary pattern adherence scores using Poisson multiple regression models with robust variance. A total of 103 (45 %) elderly with NAFLD and four dietary patterns were identified: traditional, regional snacks, energy dense and healthy. Mean scores for adherence to the healthy pattern in the groups with and without NAFLD differed. NAFLD was inversely associated with greater adherence to the healthy pattern and directly associated with the regional snacks, after adjustment for confounders. In conclusion, healthy dietary pattern is inversely associated with NAFLD in elderly.
O presente estudo analisou o consumo alimentar de 99 gestantes adolescentes atendidas no serviço de assistência pré-natal da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, na cidade de Fortaleza, Brasil. Os dados foram levantados por meio de entrevistas no próprio serviço e em visitas domiciliares, com a utilização de um instrumento para obtenção de dados socioeconômicos e do inquérito alimentar recordatório de 24 horas para obtenção de dados alimentares. Os resultados mostraram que as dietas estavam desbalanceadas e monótonas: 63,6% delas tinham menos de 90,0% das necessidades energéticas de gestantes e mais da metade estava adequada em seu conteúdo protéico, com excesso de lipídeos e inadequado conteúdo de carboidratos. Alguns micronutrientes, como ferro, cálcio, ácido fólico, zinco e vitamina B1, foram consumidos em quantidades bem abaixo do recomendado. Sugere-se a implementação de ações educativas na área de alimentação e nutrição durante o pré-natal, no sentido de explorar os conhecimentos e práticas alimentares já existentes, auxiliando na escolha de alimentos saudáveis e compatíveis com a situação de vida das gestantes.
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