Este artigo tem o intuito de abordar 06 (seis) exposições realizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre – RS que exploraram a trajetória do Hospital Colônia Itapuã (HCI) abordando a temática de suas narrativas. Analisa-se a importância do espaço museal, caracterizado pela estrutura das exposições, enquanto fonte de informação e possível desencadeador de interesse acerca de um tema, podendo mobilizar a valorização e legitimação da necessidade de preservação da história de um local. Considera-se que um patrimônio como o do HCI pode ser representado em uma exposição tanto em uma perspectiva material, levando em conta a parte física e arquitetônica da instituição, quanto imaterial, caracterizada pelas memórias e histórias de vida que ali se desenvolveram. Sendo assim, busca-se neste trabalho compreender como estas iniciativas foram e são elaboradas.
Resumo: O presente artigo tem como intuito dissertar sobre a importância do Hospital Colônia Itapuã enquanto patrimônio. Buscando valorizar e legitimar a necessidade de preservação da história que é representada nesta instituição tanto por sua materialidade, considerando a parte física e arquitetônica, quanto imaterialidade, caracterizada pelas memórias e histórias de vida que ali se desenvolveram. O texto introduz o Hospital e alguns dos elementos que o tornam um patrimônio do Rio Grande do Sul, sendo uma representação histórica do País e das políticas públicas que levaram ao isolamento de milhares de pessoas. Palavras-Chave:Hospital Colônia Itapuã; Patrimônio; Preservação. Hospital Colônia Itapuã: history and heritageAbstract: e purpose of this article is to discuss the importance of the Hospital Colônia Itapuã as patrimony, seeking to value and legitimize the need to preserve the history that is represented in this institution, both for its materiality, considering the physical and architectural part, the immateriality characterized memories and stories of life that developed there. e text introduces the Hospital and some of the elements that make it a heritage of Rio Grande do Sul, being a historical representation of the Country and the public policies that have led to the isolation of thousands of people.Keywords: Hospital Colônia Itapuã; Heritage; Preservation. IntroduçãoDurante o século XX cerca de 30 (trinta) leprosários foram construídos em vários locais do Brasil, obedecendo a uma política de prevenção e controle da doença hanseníase, também conhecida como lepra.Um destes pontos é a região metropolitana de Porto Alegre (POA), na cidade de Viamão, no estado do Rio Grande do Sul. Formulado a partir de 1935 e inaugurado em 1940, o Hospital Colônia Itapuã (HCI) é uma das instituições remanescentes deste período histórico. A construção da edi cação dos leprosários, ou hospitais colônia, era realizada na projeção de uma pequena cidade dividida em três zonas: sadia, intermediária e doente; a primeira seria a área de moradia de funcionários, a outra administrativa e uma para os pacientes destes hospitais.Dentro do HCI haviam igrejas, cemitério, escolas, espaços de lazer e até mesmo um sistema monetário próprio. A internação era compulsória, ou seja, quem fosse portador da doença deveria ser mandado para o Hospital. Muitos moradores chegaram jovens e acabaram constituindo família, casando e tendo lhos neste espaço de reclusão social. Os lhos destes pacientes eram tirados de seus pais ao nascer e colo
Este artigo aborda reflexões acerca da concepção de patrimônio utilizada em nossa sociedade, articulando o tema com o conceito de decolonialidade, a partir do estudo de Gravataí, cidade da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O munícipio tem sua origem marcada pela ocupação de povos indígenas, seguida por um processo de expulsão, ampliando a comunidade lusitana, que trouxe consigo pessoas escravizadas de origem africana. Todavia, os processos de patrimonialização dos bens municipais têm como lastro o enaltecimento da herança portuguesa e a chancela de um discurso autorizado do patrimônio, que legitima uma perspectiva hegemônica sobre o passado. Tal conjuntura torna-se propícia para questionar a possibilidade de um patrimônio decolonial dentro do contexto brasileiro.
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