O uso de rizobactérias promotoras de crescimento de planta (RPCP) associado a inoculação de rizóbio pode otimizar a fixação biológica de nitrogênio (FBN), diminuindo o uso de fertilizantes nitrogenados e aumentando o crescimento da planta e o rendimento da cultura do feijão. Um estudo foi conduzido para investigar a eficácia da coinoculação de Rhizobium tropici e Azospirillum brasilense e da adubação nitrogenada em cobertura na nodulação, no crescimento e no rendimento de grãos do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) cultivado em solo arenoso da região do Cerrado brasileiro, durante duas safras de produção (“safra das águas” e “safra da seca”). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas constituíram de quatro tratamento de inoculação das sementes: controle (não inoculado); inoculação com Rhizobium tropici; inoculação com Azospirillum brasilense; e, coinoculação com R. tropici e A. brasilense; e as subparcelas por cinco doses de N em cobertura (0, 30, 60, 90 e 120 kg ha-1). A inoculação das sementes com Rhizobium tropici isoladamente ou combinado com Azospirillum brasilense melhorou a nodulação das raízes e o rendimento de grãos do feijoeiro comum quando a cultura foi cultivada durante a “safra da seca”. Portanto, a resposta positiva da inoculação das sementes com Rhizobium e Azospirillum no rendimento de grãos depende das condições ambientais durante a safra de produção, especialmente da menor taxa de precipitação pluvial por estimular a nodulação das raízes. A inoculação com A. brasilense isoladamente não foi uma prática agronômica eficiente para ser utilizada no cultivo do feijoeiro nas condições brasileiras, resultando em rendimento de grãos equivalente às plantas do tratamento não inoculado nas duas safras de produção. O aumento das doses de adubação nitrogenada em cobertura inibe a formação e o crescimento dos nódulos radiculares do feijoeiro. A dose de adubação nitrogenada em cobertura ótima para o cultivo do feijoeiro em solos arenosos da região do Cerrado brasileiro pode variar entre 80 e 90 kg ha-1 de N.