<p>No presente artigo analisa-se a questão da representatividade
negra nos livros didáticos de Geografia. O objetivo principal é rever e
discutir os conteúdos relacionados à África e aos negros nos livros
didáticos, onde estes, comumente, estão representados na ótica de uma
produção de material educacional eurocentrada. Sendo os livros didáticos,
ainda, o grande referencial na sala de aula para alunos e professores, é
necessário que os mesmos atendam a Lei 10.639/03, afim de que colaborem para
as lutas de igualdade racial e superação do racismo.</p>
No presente artigo analisa-se como que a desigualdade de acesso entre as classes sociais está interligada ao processo de favelização nas cidades e como a filosofia da educação está, também, imbricada nesse percurso. Este estudo partiu do contexto apresentado pelo teórico Friedrich Engels em seu livro “A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra”, articulando-se com as ideias apresentadas pela escritora brasileira Carolina Maria de Jesus em seu livro “Quarto de Despejo: diário de uma favelada” e as ideias de Karl Marx sobre a função social da educação entre as classes. Metodologicamente, essa reflexão foi desenvolvida a partir da leitura dessas grandes obras e do resgate histórico sobre o processo de favelização no Brasil, pensando o dinamismo segregacionista do espaço geográfico como um instrumento de precarização da educação. A partir destes, procurou-se identificar nas convicções dos autores fragmentos que explicitam o movimento histórico e permanente de transição dos trabalhadores do campo para a cidade, e da cidade para uma “não cidade”. Entende-se que compreender esses cursos é de suma importância para identificar as estruturas desiguais que compõem a organização das sociedades e como tais fatores influenciam na dinâmica socioespacial, econômica, cultural e principalmente educacional da vida de inúmeros indivíduos. Através deste trabalho, constatou-se que o processo de favelização é algo complexo onde a expropriação dos meios de subsistências do trabalhador (principalmente o negro) parte do intenso progresso do capitalismo e suas arraigadas formas de alienação da educação.
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