Introdução: A fadiga após o acidente vascular encefálico (AVE) é um sintoma muito prevalente que representa um desafio na avaliação do paciente devido ao seu caráter multidimensional e escassez de informações. Objetivo: Caracterizar o sintoma fadiga de indivíduos com diagnóstico de AVE considerando sua percepção. Métodos: Foi realizado um estudo de abordagem qualitativa, de natureza exploratória-descritiva explorando os fenômenos envolvidos na caracterização do sintoma fadiga associado ao AVE. Resultados: Participaram deste estudo 10 indivíduos com diagnóstico de AVE em que definiram a fadiga associada ao AVE como uma falta de energia caracterizada por ser transitória de acometimento diário e limitante nas atividades de vida diária e auto cuidado. A fadiga foi mais sentida em situações que exigem concentração e na tomada de decisões importantes e esteve correlacionada com ansiedade e depressão. Em sua abordagem, os participantes buscam soluções para reduzir ou cessar a fadiga configurando o fenômeno de adaptabilidade ao sintoma. Conclusão: A fadiga associada ao AVE é definida como um sintoma físico e mental, não duradouro, que causa incapacidade com repercussão sensório-motora, emocional, comportamental impulsionando os indivíduos a buscarem estratégias para conviver com a fadiga.
Introdução: O acidente vascular encefálico é um déficit neurológico súbito que ocorre por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Pode gerar diversas sequelas, variando conforme a localização e extensão da lesão. O indivíduo pode se tornar dependente para suas atividades de vida diária e desenvolver distúrbios de sono, que podem levar a piora do prognóstico do paciente. Objetivo: O objetivo desse estudo foi caracterizar o nível de independência funcional e qualidade do sono em indivíduos após o AVE e identificar seus níveis de correlação. Métodos: O estudo foi desenvolvido com uma amostra de 22 pacientes em atendimento na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro Oeste. Foram utilizados um questionário sócio clínico desenvolvido exclusivamente para o estudo, além do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para avaliação da função cognitiva, o Índice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI) e a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) para avaliação da qualidade do sono e a Medida de independência funcional (MIF) para avaliação da independência funcional dos indivíduos. Resultados: A amostra apresentou uma maioria de indivíduos com independência funcional total segundo dados da escala aplicada e uma maioria de 63,6% dos indivíduos apresentaram qualidade do sono ruim, além de correlações estatisticamente significativas entre as características de sono e controle do esfíncter urinário, mobilidade e transferências e a capacidade motora dos indivíduos. Conclusão: A variável sono está associada a diversas condições que afetam os níveis de independência funcional do indivíduo após AVE e deve ser considerada no momento da avaliação do indivíduo ao iniciar tratamento.
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