RESUMO: INTRODUÇÃO -A retocele é causa comum de constipação por defecação obstruída. Freqüentemente está relacionada com outras causas de defecação obstruída, e os exames de fisiologia anal são importantes para o diagnóstico preciso da causa de constipação intestinal. OBJETIVO -observar a influência da retocele nos exames de fisiologia anal, e a necessidade da realização desses após o diagnóstico da retocele. MÉTODO -Para este trabalho foram estudados 40 pacientes com diagnóstico de defecação obstruída. Todos os pacientes foram submetidos aos exames de manometria, sensibilidade retal, eletromiografia, latência do nervo pudendo e proctografia, e foram separados em 2 grupos: portadores e não portadores de retocele . Foram encontrados 18 pacientes com retocele, e o diagnóstico mais freqüentemente associado foi o anismus . Em relação aos exames foi encontrada diferença significante apenas na proctografia no ângulo ano retal, demonstrando que a presença de retocele não interferiu nos resultados de exames de fisiologia anal quando comparados com outros constipados, mas esteve associada a outras causas de constipação, como anismus que necessita de outro tipo de tratamento. CONCLUSÃO -A retocele não interferiu nos valores dos exames de fisiologia anal, mas esteve associada a outros diagnósticos, sendo importante a realização dos mesmos.Descritores: Retocele; Constipação Intestinal; Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos. Trabalho Realizado Na Área de Coloproctologia do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de INTRODUÇÃOA constipação intestinal pode ser definida como a ocorrência de menos que três evacuações por semana ou evacuação com dificuldade, incompleta ou prolongada (13; 12; 11) podendo se classificar em 2 tipos principais : transito colônico lento ou inércia colônica e defecação obstruída (2; 3 ; 7; 6).Dentre as causas da defecação obstruída a retocele é uma bolsa da parede anterior do reto e da parede vaginal posterior para a luz da vagina, e que freqüentemente é encontrada quando as pacientes são investigadas por constipação (8), considerada clinicamente quando maior que 20 mm. (5) É achado comum e pode ser considerada uma variável normal, e sua contribuição na desordem evacuatória é complexa e não clara (10;4).São sintomas da retocele o esvaziamento incompleto, sensação de pressão retal e sintomas vaginais. Pacientes constipados usualmente tem sintomas similares (8,9).
INTRODUÇÃO: a constipação é um sintoma de doença multifatorial. O diagnóstico correto é importante para orientar a terapêutica. Nas formas de defecação obstruída há vários fatores relacionados como gênero, idade, hábitos, paridade, doenças associadas e distúrbios específicos da evacuação. Entre os métodos para diagnóstico a manometria é usada pela facilidade técnica e disponibilidade. OBJETIVO: verificar o valor da manometria isoladamente em constipados por defecação obstruída. MÉTODO: examinamos quarenta pacientes do Ambulatório de Coloproctologia da Santa Casa de São Paulo com diagnóstico de defecação obstruída. As medidas de pressão retal e anal foram comparadas com um grupo controle de 60 indivíduos considerados normais do ponto de vista proctológico. Separados os pacientes consoante a causa da constipação, verificou-se o valor do método manométrico em cada causa específica. RESULTADOS: houve somente diferenças entre as medidas de pressão retal e anal em repouso e pressão máxima de contração entre os normais e os vários tipos de constipados, mas não diferenças específicas entre as várias modalidades de constipação. CONCLUSÃO: os vários métodos de fisiologia anal são importantes e necessários em conjunto para o diagnóstico correto. A manometria contribui para a investigação dos distúrbios funcionais, devendo sempre ser incluída. Contudo, seu valor como método isolado é questionável.
A gestação é seguida de alterações digestivas, relacionadas à progesterona e polipeptídios intestinais, como a motilina. É possível que mudanças também ocorram no ânus, alterando as pressões. Para realizar o trabalho selecionamos nos arquivos da Área de Fisiologia Anal da Disciplina de Coloproctologia, 60 laudos de exame manométrico de pacientes enviadas do Ambulatório de Pré-natal de Baixo Risco do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia e do Departamento de Cirurgia da Santa Casa de São Paulo, para avaliação clínica, porém sem doença anal ou retal diagnosticada. Estas pacientes formaram quatro grupos de 15: a) controle: nuligestas; b) primigestas no 1º trimestre; c) primigestas no 2º trimestre; d) primigestas no 3º trimestre. Em todas realizamos manometria anal e as seguintes medidas: a) pressão anal máxima em repouso (basal); b) pressão anal ao esforço de contração; c) pressão anal ao esforço de evacuação. Os resultados das manometrias, analisados por métodos de estatística, mostraram que na gestação a pressão anal de repouso diminui; a pressão anal ao esforço de contração não se altera; as diferenças registradas mantêm-se no curso da primigestação. Concluímos que as pressões anais são modificadas pela gestação, em primigestas.
RESUMO: O megacólon resulta de lesão extensa dos plexos mioentéricos, a qual se traduz por incoordenação motora do cólon com inércia funcional e acalasia do esfíncter anal. Disso resulta duplo distúrbio, em que à dificuldade motora agrega-se o obstáculo para evacuar. Para que haja eliminação fecal é necessário que a pressão retal ultrapasse a anal, havendo um gradiente reto-anal. O objetivo do trabalho foi avaliar este gradiente em 29 pacientes portadores de megacólon, em que as pressões retais e anais foram medidas ao evacuar, comparadas com pessoas normais. Os resultados mostraram que havia pressão retal em centímetros de água aumentada em homens (72,2 ± 29,1) e mulheres (64,5 ± 20,1), superando as respectivas pressões anais de evacuação (66,4 ± 23,2 e 62,1 ± 28,7). As pressões de evacuação, por sua vez, eram muito maiores que as do grupo controle. Isto permitiu concluir haver uma reação adaptativa com maior esforço muscular para evacuar, a fim de superar o obstáculo da acalasia. Descritores INTRODUÇÃOAcredita-se que cerca de 4% dos doentes portadores da Doença de Chagas, sejam acometidos por megacólon. A doença inicia muitos anos após a inoculação e caracteriza-se por constipação progressiva, de início tratada com laxativos. Com a progressão da moléstia estes medicamentos tornam-se insuficientes, tendo-se de recorrer a clisteres para obter evacuação satisfatória. Neste período sobrevêm complicações, como os volvos e a formação de fecalomas. A existência delas é que leva a indicar a cirurgia como forma preferencial de tratamento.Há tempos são conhecidas as alterações fisiopatológicas mais importantes, mas não foram suficientemente divulgadas para dar uma compreensão global do problema. Assim, são descritas as lesões dos plexos mioentéricos, que afetam extensões variáveis do cólon e reto, e determinam alterações funcionais caracterizadas por hiperexcitabilidade das fibras musculares da parede do intestino e discinesia. A alteração motora determina estase por defeito de propulsão, dilatação, hipertrofia muscular e da própria víscera. Além desses afeitos, descreve-se a acalasia do esfíncter interno do ânus, que causa obstáculo à evacuação por falta de relaxamento anal no momento da exoneração. Estas alterações são de conhecimento antigo e foram descritas por diversos autores 1,2,3,4 . A evidência clínica e manométrica da acalasia levou a uma série de tentativas terapêuticas, com vári-os procedimentos cirúrgicos destinados a remover o empecilho representado pelo ânus não relaxável ao esforço de evacuação. Propôs-se tratar do distúrbio
RESUMOOBJETIVO. O estudo teve o objetivo de avaliar as mudanças nas pressões do reto e ânus de primigestas ao simular defecação. MÉTODOS. Selecionamos 60 mulheres no Ambulatório de Pré-natal e no de Cirurgia da Santa Casa de São Paulo. Estas formaram quatro grupos de 15: a) grupo-controle: nuligestas; b) primigestas no 1º trimestre; c) primigestas no 2º trimestre; d) primigestas no 3º trimestre. Em todas realizamos manometria retal e anal e as seguintes medidas: a) pressão retal em repouso; b) pressão retal ao esforço de defecação; c) pressão anal à defecação. RESULTADOS. Observamos que as pressões retais ao esforço de defecar aumentam em grávidas em menor proporção que nas nuligestas; estas pressões caíram de 53,9 ± 17,9 em nuligestas para 36,3± 19,6, 38,1 ± 16,2 e 30,5 ± 17,0 nos três trimestres. As pressões anais de defecação foram maiores nas nuligestas (46,9± 17,6) que nas gestantes, respectivamente 37,5 ± 15,5, 32,1 ± 6,2 e 32,9 ± 8,7. Houve maior queda das pressões anais na gestação mais avançada, que compensa a dificuldade para elevar a pressão intra-retal de esforço. CONCLUSÃO. A gravidez altera as pressões retais e anais ao simular defecação, diminuindo-as, mas de forma a compensaremse mutuamente.UNITERMOS: Gravidez. Constipação. Motilina. Ânus. Reto. Caem os níveis de motilina na gravidez e após o parto, talvez por ação da progesterona, explicando em parte a diminuição da motilidade 4 . Aumenta a flatulência por diminuição do trânsito no cólon e compressão pelo útero. Podese supor que o reto e o canal anal também sofram efeitos, inclusive alterando as pressões retais e anais. A literatura é farta a respeito das alterações manométricas anais após o parto, em particular após período expulsivo prolongado ou traumático, em vista das lesões esfincterianas anais e o risco de incontinência fecal. Na gestação normal, porém, há evidente falta de estudos adequados e modernos para melhor compreensão dos fenômenos, pois as mudanças são menos evidentes e é necessário utilizar equipamentos de avaliação adequados para quantificá-las. Esta lacuna pode ser preenchida com os estudos manométricos e eletromiográficos do ânus. PRESSÕES RETAIS E ANAIS EM PRIMIGESTAS AO DEFECARCom a evolução da gravidez e crescimento uterino, surgem alterações anatômicas. O útero, inicialmente na escavação pélvica, cresce em sentido superior e anterior, deslocando as vísceras para cima e lados. Com este deslocamento, fica o reto em posição posterior, isolado na pelve e comprimido posteriormente. O útero cresce na cavidade abdominal, ressalta na parede anterior, a musculatura estira-se e a pressão abdominal aumenta até acomodar o volume crescente.A despeito dessas mudanças, pode haver dificuldade à defecação se houver queda na pressão retal. Defecação só é fisiologicame nte possível se, no momento da exoneração, aumentar a pressão retal a nível mais alto que a anal. Contudo, pela anteposição uterina não se transmite, pela contração do diafragma e musculatura abdominal, nível de pressão intra-retal suficiente; isto gera dificuldade para evacu...
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