Introdução: A malária é uma doença endêmica, que afeta cerca de 3,7 milhões de pessoas por ano no mundo. No Brasil, 99,9% dos casos de malária ocorrem na região da Amazônia Legal, na qual o Pará está inserido. Sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade nesta região e considerada uma endemia. Objetivo: Analisar a epidemiologia dos pacientes atendidos pelo programa de Malária da Unidade Básica de Saúde da Pedreira, período de janeiro de 2004 a setembro de 2005, diagnosticados por teste da gota espessa no mesmo local de referência. Método: Coletados dados de 40 pacientes matriculados no programa de malária da Unidade Básica de Saúde da Pedreira, organizados em protocolo de pesquisa que continha: Identificação; sexo; idade; grau de instrução; município de residência; principal ocupação nos últimos 15 dias (atividade exercida); local provável de infecção; resultado do exame (parasitos/ mm 3-parasitemia expressa em cruzes) e tratamento mais utilizado. Para as pacientes do sexo feminino avaliou-se a ausência ou presença de gravidez, como fator relevante para a terapêutica. Verificou-se, ainda, a presença de sintomatologia informada para a realização do exame da gota espessa. De acordo com a natureza de varáveis estudadas foi aplicada análise estatística descritiva, para posterior informação sobre os valores percentuais dos dados analisados. Resultados: Quanto ao sexo, 72,5% dos pacientes eram homens e 27,5% eram mulheres; a faixa etária de adultos jovens (55%) de 21 a 40 anos ; 100% residentes em Belém; quanto ao grau de instrução 60% analfabetos e 40% apresentavam escolaridade até o ensino fundamental; quanto à atividade ocupacional: 42.5% exerciam atividades de agropecuária, 22.5 % de extrativismo; o maior número de infectados procedeu da Guiana Francesa em 12.5% dos casos, seguido do município de Bragança em 10 % dos casos; a parasitemia mais prevalente relacionou-se à cepa de Plasmodium vivax (72,5%), tendo como mais freqüente parasitemia de 2 cruzes (45%), seguida de 1 cruz (22.5%); a maioria dos pacientes (72,5%) foram medicados com Cloroquina feita em 3 dias, associada a Primaquina em 7 dias. Conclusão: Verificou-se que a incidência maior foi de pacientes do sexo masculino, com idade entre 21-40 anos, atividade predominantemente rural, procedentes de Belém, analfabetos, com parasitemia de 2 cruzes, infectados por Plasmodium vivax e que realizaram tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde, com droga Cloroquina associada a Primaquina
Introdução : a gravidez na adolescência acarreta problemas de desenvolvimentos emocionais, comportamentais, educacionais, além de complicações no parto. No entanto, sua incidência vem crescendo a cada dia no mundo. No Brasil, em 1990, cerca de 10% das gestações ocorriam entre 12 e 19 anos. Em 2000, esse índice aumentou para 18%. Objetivo: estudar as principais causas que levam à gravidez na adolescência, entre 10 a 19 anos, que faziam pré-natal na UBS-Pedreira, município de Belém, período de junho a setembro de 2005. Método : estudo transversal, a partir de entrevista por meio de formulário de pesquisa, com casuística de 43 adolescentes grávidas. As informações coletadas dizem respeito a:-grau de escolaridade, desempenho escolar, grau de informação sobre prática sexual e gravidez, ocorrência de gravidez na adolescência das mães das pacientes, influência da mídia sobre o comportamento sexual, utilização de pílulas anticoncepcionais e de preservativo, vida sexual, planejamento da gravidez, desejo do parceiro pela gestação e as principais causas para a gravidez atribuídas pelas entrevistadas-. Resultados : observou-se que 37,2% possuíam ensino fundamental incompleto; 41,9% pararam de estudar; 65,1% das mães das grávidas, também, tiveram filho na adolescência; 51,2% classificaram como negativa a influência da mídia sobre o comportamento sexual; 37,2% iniciaram aos 15 anos a atividade sexual; 67,4% tinham vida sexual ativa; 81,4% afirmaram ter recebido informações sobre os métodos anticoncepcionais; 58,1% utilizavam preservativo somente às vezes; 81,4% não utilizavam pílulas anticoncepcionais; 76,7% não planejaram a gravidez. Quanto às principais causas 74,4% não estavam usando preservativo; 46,5% acreditavam que nunca engravidariam; 34,9% queriam ser mães; 27,9% decorrentes do desejo do parceiro pela gravidez; 11,6% por falta de informação adequada; 9,3% queriam antecipar o casamento; 4,7% pela influência dos meios de comunicação incentivando o sexo precoce; 2,3% ocorreu por violência sexual; 9,3% outros. Considerações finais: constatou-se que há muitos fatores que levam uma adolescente a engravidar, principalmente, relacionados à negligência quanto ao uso de preservativo nas relações sexuais, associado ao fato de acreditarem que nunca engravidariam e, também, ao desejo de serem mães, o que causa grande preocupação em virtude da maior possibilidade das mesmas se encontrarem em situação de risco em relação as DST's.
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