Licenciado sob uma Licença Creative Commons urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana (Brazilian Journal of Urban Management), 2015 maio/ago., 7(2), [250][251][252][253][254][255][256][257][258][259][260][261][262][263][264][265][266][267] As mudanças habitacionais em regiões metropolitanas brasileiras Housing changes in Brazilian metropolitan areasCésar Marques [a] , Henrique Frey [b] [a] Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), Rio de Janeiro, RJ, Brasil [b] Faculdade Pitágoras, Votorantim, SP, Brasil CM é Sociólogo, doutor em Demografia, e-mail: cesar.m.silva@ibge.gov.br HF é Sociólogo, mestre e doutorando em Demografia, e-mail: henriquefrey@yahoo.com.br ResumoA partir da década de 2000, o mercado de habitação brasileiro passou por sensíveis mudanças, que permitiram a retomada do crescimento da construção civil, do número de unidades construídas e comercializadas. Tais mudanças foram possíveis em função de uma série de mudanças nas políticas urbanas e habitacionais, com destaque para a ampliação da oferta do financiamento habitacional, que permitiu a incorporação de uma parcela maior da população no acesso à casa própria. No entanto, os efeitos das recentes políticas de habitação ainda não são claros. Por um lado, o crescimento do valor dos bens imobiliários foi generalizado, alcançando patamares comparáveis a de importantes centros mundiais, principalmente nas grandes cidades e metrópoles brasileiras. Por outro, ainda pouco se sabe sobre os efeitos quantitativos desse modelo, ou seja, se de fato a parcela da população com acesso ao domicílio próprio aumentou significativamente e houve uma consequente queda do número de domicílios alugados e cedidos. Para isso, esse artigo propõe uma primeira análise exploratória, utilizando os dados dos Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010 para avaliar se tais políticas alteraram as dinâmicas das condições de ocupação nos domicílios na escala metropolitana. Analisamos dados das três maiores regiões metropolitanas (Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro) a partir do município, comparando as mudanças na sede e no entorno. O texto está estruturado em torno da discussão do mercado habitacional no Brasil, das inovações em termos de políticas públicas no período recente e da própria análise dos dados censitários, apontando suas potencialidades e limites. Palavras IntroduçãoComo direito, a moradia digna é assegurada no Brasil pelo artigo 6° da Constituição Federal de 1988(Brasil, 1988. É um direito fundamental, cabendo ao Estado a promoção das condições necessárias para sua efetivação. Essa realidade vai muito além da discussão brasileira, sendo a moradia já consolidada como uma questão de dignidade humana, consagrada como constituinte dos direitos humanos no âmbito internacional.Contudo, essa efetivação é controversa no Brasil. Sua urbanização acelerada, desacompanhada de uma planificação real das políticas urbanas e de habitação, levam à ausência de moradia digna para grande parte dos brasileiros. As principais medidas dessa realidade são expressas através d...
RESUMONeste artigo analisaremos as questões referentes à mobilidade espacial da população na Região Metropolitana de Campinas (RMC), enfatizando a relação entre localização da moradia e do emprego. Considerando a estreita relação entre a migração e a mobilidade pendular, enfatizamos como a migração intrametropolitana e o seu principal determinante, a produção do espaço urbano, ajudam-nos a entender o processo de localização espacial da população. O aumento da mobilidade ao longo das últimas décadas foi analisado em perspectiva comparada a partir dos quesitos sobre deslocamento pendular nos Censos Demográficos de 2000 e 2010. Deve-se ressaltar, ainda, que a manutenção da importância de Campinas para os deslocamentos diários e a alteração do peso destes fluxos para determinados municípios, podem estar associados a uma reorganização interna dos investimentos, da população e dos empregos.
AgradecimentosA entrega deste exemplar representa uma pequena, mas importante parte desta breve caminhada acadêmica. Os diversos momentos e desafios ao longo desse período foram compartilhados com muitas pessoas que tornaram este processo mais leve e, senão tranquilo, com certeza, menos difícil.Ficam aqui os meus agradecimentos ao Programa de Pós-Graduação em Demografia e à CAPES pelo período concedido de bolsa de estudo.
Instrumentos das análises de redes sociais podem ser, em alguma medida, apropriados nos estudos migratórios? Um dos intuitos do presente estudo, além de tentar melhor compreender a dinâmica da migração intrametropolitana da Região Metropolitana de Campinas (rmc), é também se valer de um específico meio para tanto; nesse caso, a utilização de métodos oriundos das análises de redes sociais. Nestas redes, ou ao menos na sua representação topológica, os vértices são seus municípios integrantes, por sua vez, os fluxos migratórios intrametropolitanos são representados pelos arcos que acabam por conectar estes vértices. Os principais objetivos do presente trabalho são: a) descrever algumas propriedades estruturais (essencialmente através da comparação entre suas específicas densidades) das redes ao longo do tempo; b) definir os papéis assumidos pelos municípios (através de seus graus de centralidade); e c) estabelecer se houve substanciais alterações/transformações no recorte temporal definido, bem como seus possíveis significados e impactos na rede urbana.
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