No artigo, interrogamos o conceito de medicalização, explorando as possibilidades abertas pelos escritos de Michel Foucault. A partir desse referencial, buscamos analisar a Medicina enquanto uma estratégia de saber e poder que responde a múltiplos e variados interesses em disputa no campo social. Realizamos breve levantamento sobre algumas concepções centrais concernentes à tradição crítica do fenômeno da medicalização e procuramos, sob a influência dos estudos arqueogenealógicos foucaultianos, repensar algumas dessas afirmações. Dialogamos, complementarmente, com autores que vêm realizando, no Brasil e no exterior, um esforço de reflexão crítica sobre a medicalização, discutindo, entre outros, o uso genérico do conceito, seu caráter produtivo, a inexistência de um sentido a priori e a atualização do fenômeno nos dias atuais através da proposição do conceito de biomedicalização. Concluímos destacando a existência de uma multiplicidade de leituras e formulações sobre o conceito de medicalização, reconhecendo no interior dessas vertentes de conhecimento fortalezas e fragilidades que devem ser amplamente discutidas e analisadas, buscando maior precisão teórica, necessária para se evitar equívocos e potencializar o uso do conceito.
Knowing which restoration approach provides the best returns on investment for accumulating carbon is essential to foster restoration planning, financing, and implementation. Here, we explored the cost‐effectiveness and drivers of aboveground and soil carbon accumulation in restored forests across an agricultural landscape of Brazil's Atlantic Forest. The recovery of aboveground and soil carbon stocks, as well as the implementation and land opportunity costs, was assessed across chronosequences (10–60 years) of second‐growth forests and mixed‐species tree plantings and old growth, reference forest remnants. Plantations accumulated approximately 50% more aboveground carbon than second‐growth forests throughout the chronosequence. When controlling for soil clay content, soil carbon stocks were higher in reference than in restored forests, but they were comparable between plantations and second‐growth forests. After 60 years of stand development, recovery of total carbon stocks in both restoration approaches reached only half of the average stocks of reference forests. Total cost‐effectiveness for carbon accumulation, including both implementation and land opportunity costs, was on average 60% higher for second‐growth forests than for plantations (15.1 and 9.4 kgC US$−1, respectively). Although tree plantations initially showed higher rates of carbon storage than second‐growth forests, their higher implementation and land opportunity costs make them less cost‐effective for carbon farming. Our results further suggest that, at current pricing levels, carbon markets alone have a limited potential to up‐scale restoration efforts in Brazil's Atlantic Forest.
Resumo Realizamos uma análise crítica sobre a formação discursiva da Medicina de Família e Comunidade (MFC). A MFC é pensada como uma prática atravessada por relações políticas e sociais e que se produz historicamente enquanto uma formação discursiva, através de um jogo complexo e aberto entre os diversos atores, que compreendem, formulam e disputam o formato e o sentido dessa prática. Investigamos essa formação com base em revisão bibliográfica e análise do discurso de documentos que descrevem a emergência da MFC e de entrevistas com personagens ligados diretamente a ela. Pudemos identificar que a formação discursiva da MFC é atravessada pelas histórias da prática médica generalista, familiar e comunitária; da estruturação da Atenção Primária em Saúde; dos programas de Medicina Comunitária; e da formação da Saúde Coletiva no Brasil. Além disso, encontra-se atrelada ao campo científico da medicina generalista e familiar internacional e a sua afirmação como especialidade médica. Enquanto sociedade científica, vem apresentando dubiedades no que se refere às pautas históricas do movimento sanitário e na defesa de um sistema de saúde público, universal e antiprivatista. No entanto, para evitar cristalizações institucionais, entendemos ser necessário pensar a MFC como um campo heterogêneo e sem uma história única.
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