<p><span>Em busca de novas estratégias para a efetivação da Educação Matemática Inclusiva, onde todos usufruam do seu direito de aprender, objetiva-se identificar, por meio da perspectiva docente, impactos da Musicalidade nos processos neurocognitivos da aprendizagem matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. A ancoragem teórica da neurociência cognitiva considera: a epigenética, as janelas de oportunidades, a plasticidade cerebral e a modularidade. Neste estudo, com ênfase nas Funções Executivas (Atenção Voluntária e Memória Operacional), no Modelo explicativo do processamento numérico Código Triplo, e os critérios da mediação docente são indicados pela Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural. A organização da Musicalidade pauta-se nas relações entre elementos da corporeidade, cognição musical, percepção e expressão rítmica e sonora, constituídas em processo nato, típico de humanos. As etapas denominadas: a) Escuta Sonora Sensível; b) Biorritmo Natural e Sugerido; e c) Embalo e Relaxamento, configuram a pesquisa de abordagem qualitativa como processo não linear, mas dialético. Neste artigo apresentou-se um experimento com uma professora do segundo ano do ensino fundamental que em sua turma havia um aluno com TDAH. Ela criou uma atividade a partir do quadro de elementos neurocognitivos, que contemplam as funções executivas e os códigos do processamento numérico. A contribuição concretiza-se na proposta de formação docente visando a potencialização do ensino da matemática inclusiva, via estimulação de habilidades de atenção voluntária, memória operacional e controle inibitório para a construção do conhecimento do sistema de numeração decimal e realização do cálculo mental.</span></p>
O Projeto de Pesquisa e Extensão: “Mix Potencial: Neurociência, Música e Matemática na Estimulação Precoce” (PUC/SP), em desenvolvimento no Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado de Barra Mansa – RJ, fundamentado nas Diretrizes da Educação Precoce (BRASIL, MEC, 2016) objetiva estimular o desenvolvimento neuropsicomotor em crianças de zero a cinco anos por meio da Musicalização na observância da reabilitação e prevenção. A metodologia pesquisa-ação, de caráter qualitativo, utiliza a intervenção de ensino denominada de “Esquema de Corporeidade da Musicalidade para o Cálculo Mental” (GOMES, 2017), que considera pressupostos da neurociência educacional, estruturas da cognição matemática e da cognição musical. Os resultados apontam que a estimulação com Musicalização organizada a partir do constructo do ECMCM promove o desenvolvimento das habilidades motoras, auditivas, visuais, motriz, de linguagem e da cognição matemática. Além disso, ocorreu o fortalecimento dos vínculos afetivos entre famílias, indicando a potencialidade no processo de socialização.Palavras- Chaves: Neurociência, Musicalização, Matemática, Estimulação Precoce.
Ao observar professores especialistas da educação infantil durante a participação em formação continuada com a temática neurociência, música e matemática, organizou-se este estudo onde são identificados aspectos no corpo do professor sobrevindos da musicalização para o ensino da matemática. A partir dos conhecimentos construídos observou-se o domínio de práticas criativas e reflexivas, especificamente, quanto às operações de subtração e divisão numérica, assim como suas relações com a própria desenvoltura psicomotora, comprovando a importância da matemática corporificada e da estimulação cognitiva por meio de práticas psicomotoras. Destaca-se a utilização de diferentes critérios e a influência da relação experiência rítmica/contagem com o cálculo mental, ocasionando maior autonomia do planejamento, mais criatividade e diferentes habilidades previstas nas atividades da matemática. A metodologia qualitativa de pesquisa-ação conduziu as etapas que considerou o depoimento do professor participante e a observação de imagens e documentos durante os encontros presenciais. Os resultados apontaram a Musicalidade como facilitadora do processo de reflexão, criação e execução dos planejamentos docentes no que diz respeito as diferentes formas de contagem numérica e operações matemáticas. Quanto ao corpo dos professores demonstraram maior destreza, entusiasmo e disponibilidade para ensinar pelo motivo que, ao mesmo tempo em que são estimulados pela musicalização, incluíram em suas práticas habilidades rítmicas visando o comportamento sincrônico das crianças e a estimulação da contagem termo a termo visando à construção do conceito de número nas relações do sistema de numeração decimal. Ao relatarem sobre a importância da aprendizagem dos conhecimentos de conceitos da educação matemática e da musicalidade, e de como ressignificaram suas práticas, criaram diferentes desdobramentos em jogos e atividades com elementos da música.Palavras-chave: Divisão Rítmica; Ensino da Matemática; Musicalidade; Corpo do Professor; Educação Infantil
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