;. TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES DE ESÔFAGO.ABCDExpress. 2017;1(2):76.Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR. WALDEMAR TEBALDI APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 41 anos, raça branca, submetido a endoscopia digestiva alta por queixas dispépticas. Observou-se uma lesão elevada com 8 mm de diâmetro no terço inferior do esôfago, sendo realizada polipectomia. A histologia foi compatível com tumor de células granulares. Realizado exame imuno-histoquimico que confirmou o diagnóstico. A endoscopia de controle, realizada após 6 meses, não mostrou evidência de recidiva tumoral. DISCUSSÃO: O tumor de células granulares foi descrito pela primeira vez em 1926 por Abrikossoff. Pode surgir em qualquer órgão, sendo a língua, a pele e a glândula mamária os locais mais frequentemente atingidos. O envolvimento do tubo digestivo ocorre em cerca de 5% dos casos. Destes, um terço localizam-se no esôfago. Os tumores granulares com localização esofágica afetam predominantemente doentes do sexo masculino, com um pico de incidência entre a quarta e a sexta décadas de vida. Na sua maioria, são achados endoscópicos. Quando sintomáticos, a disfagia, a regurgitação e a dor retroesternal são as queixas mais comuns. O aspeto endoscópico habitual é o de um pólipo séssil, com dimensão inferior a 2 cm, de consistência dura e coloração amarelada, recoberto por mucosa normal e situado no terço distal do esófago. Histologicamente, são formados por grupos de células ovoides ou poligonais, com citoplasma eosinofílico, delimitados por septos de tecido conjuntivo, localizados na camada mucosa e submucosa. No estudo imuno-histoquímico, a proteína S-100 é o marcador mais característico, embora não específico. A maioria destes tumores é benigna, verificandose um comportamento maligno em apenas 1-3% dos doentes. A recorrência local, o tamanho superior a 4 cm, o crescimento infiltrativo, o aumento das dimensões da lesão em relação ao tamanho inicial ou a invasão linfática devem aumentar a suspeita de malignidade, que se associa a um risco de mortalidade de 40%. Não existem consensos quanto ao tratamento. A excisão, endoscópica ou cirúrgica, é considerada a terapêutica de primeira linha. A opção pelo tratamento endoscópico deverá ser reservada para tumores até dois centímetros e ausência de invasão da muscularis própria. Face à sua raridade, não está estabelecida a periodicidade de vigilância após a ressecção destes tumores. COMENTÁRIOS FINAIS: Os tumores de células granulares de esôfago devem ser acompanhados, e por ser patologia incomum tal seguimento ainda não possui consenso. ABCDExpress 2017;1(2):76Codigo: 63966 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
;. ABDOME AGUDO PERFURATIVO POR INGESTÃO DE "PALITO DE DENTE". ABCDExpress. 2017;1(2):305.Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR. WALDEMAR TEBALDI APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 41 anos, portador de deficit cognitivo, deu entrada no pronto socorro com quadro de dor abdominal principalmente em região de mesogastrio e fossa ilíaca direita, de início há 2 meses, acompanhado de episódios de náuseas e vômitos, febre intermitente e alterações do hábito intestinal. Ao exame físico de entrada apresentava-se em bom estado geral, estável hemodinamicamente com abdome flácido, pouco doloroso difusamente, principalmente em região periumbilical e fossa ilíaca direita, com presença de plastrão palpável, sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais demostravam leucocitose. Realizada tomografia de abdome que evidenciou espessamento das paredes da alça de delgado, densificação da gordura mesentérica, identificação do corpo estranho transfixando a parede intestinal e gás na cavidade peritoneal limitado ao ponto de perfuração, sendo indicada laparotomia exploradora. Durante a cirurgia evidenciada pouca quantidade de líquido seroso na cavidade abdominal, presença de perfuração puntiforme em parede de jejuno, bloqueada, não sendo possível visualização do lumen da alça, sendo evidenciado na palpação corpo estranho intra-jejunal. Retirado palito de dente de 4 cm, sendo realizada sutura de delgado com fio absorvível em único plano. Paciente evoluiu bem no período pós-operatório, sendo introduzida dieta após 48 horas da cirurgia, com boa aceitação. Evoluindo sem intercorrências, recebendo alta hospitalar no quinto dia pós-operatório, sem queixas. DISCUSSÃO: A maioria dos casos de ingestão de corpo estranho que chegam ao estômago, o objeto passa livremente pelo trato gastrointestinal, porém objetos pontiagudos e alongados apresentam maior chance de perfuração, o que ocorre em até 1% dos casos. A apresentação clínica é variada e muitas vezes representa um desafio diagnóstico. Os pacientes geralmente não referem a ingestão de um corpo estranho, o que retarda o diagnóstico e cria confusão com outras possibilidades diagnósticas. Os casos de perfuração podem apresentarse assintomáticos causando complicações tardias, ou agudamente com quadro característico de abdome agudo perfurativo. COMENTÁRIOS FINAIS: Apesar da baixa incidência de perfuração intestinal por ingestão de palito de dente, esses objetos devem ser considerados potencialmente perigosos, por suas características de serem pontiagudos e alongados. A tomografia permite detectar corpos estranhos, localizar a perfuração e orientar o tratamento. ABCDExpress 2017;1(2):305Codigo: 63962 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR. WALDEMAR TEBALDI APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 18 anos, procurou atendimento médico no Pronto Socorro, apresentando queixa de dor e distensão abdominal, associada à diarréia, náuseas e vômitos. Ao exame físico encontrava-se hemodinamicamente estável, afebril, com abdome distendido, timpânico, ruídos hidro-aéreos (RHA) presentes, sem sinais de irritação peritoneal, e toque retal com fezes amolecidas. Exame tomográfico evidenciou imagem de intussuscepção íleo-ileal. Iniciado tratamento clínico com jejum e medicamentos sintomáticos. Apresentou boa resposta ao tratamento instituído, recebendo alta hospitalar após 48 horas, sem queixas, com boa aceitação de dieta via oral, eliminando flatos e evacuando. DISCUSSÃO: A invaginação intestinal,embora seja uma causa frequente de oclusão intestinal na população pediátrica, é rara em adultos e está, na maioria dos casos, associada a lesão orgânica sendo de difícil diagnóstico devido à sua sintomatologia inespecífica. O sintoma mais comum é a dor abdominal. Outros sintomas comumente observados são náuseas, vômitos, alteração do hábito intestinal, distensão e massa abdominal palpável. Exames que auxiliam o diagnóstico: radiografia (evidenciando padrão obstrutivo), ecografia (mostrando uma imagem "em alvo" ou o sinal em "pseudo-rim"), tomografia (apresentando espessamento da parede intestinal e da característica "lesão em alvo"). A colonoscopia, além do diagnóstico, pode permitir a redução da invaginação. Quanto à localização, a invaginação ileo-cólica é a mais frequente, seguida pela ileo-ileal e colo-cólica. As neoplasias malignas são as principais etiologias na intussuscepção intestinal no adulto, notadamente quando ocorrem no cólon. Nesses casos o tratamento deve ser a ressecção cirúrgica, seguindo os preceitos da cirurgia oncológica. A intussuscepção em adultos é uma condição que desafia o cirurgião, tanto em relação ao diagnóstico, quanto à abordagem adequada. O diagnóstico é difícil pelo baixo grau de suspeição, associado à sintomatologia subaguda e inespecífica. O tratamento padrão da intussuscepção em adulto ainda não está definido. COMENTÁRIOS FINAIS: A Intussuscepção intestinal em adultos é uma condição pouco comum, o que faz com que a maioria dos cirurgiões tenha pouca experiência no seu manejo. Com o constante avanço dos métodos de imagem, maior número de casos têm sido diagnosticados antes da indicação da cirurgia. Permanecem controvérsias quanto à melhor abordagem dessa patologia. ABCDExpress 2017;1(2):286Codigo: 63944 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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